O filme conta a história de amor vivida por Rick Blaine e por Ilsa Lund. Um gigantesco amor cujo maior adversário é uma grande causa, a resistência ao nazismo. Após viverem um inesquecível romance em Paris, eles se separam de maneira abrupta. Só voltam a se encontrar na cidade de Casablanca, no Marrocos, penúltimo ponto na rota de fuga à América. Os refugiados que ali residiam necessitavam de um visto (Letter of transit) para Portugal, e apenas em Lisboa embarcariam em um navio para o Novo Mundo.
O encontro é casual, Ilsa e seu marido, Victor Laszlo, importante líder da resistência tcheca, precisam de dois vistos que foram roubados de mensageiros nazistas e que, coincidentemente, foram parar na mãos de Rick. Rick e Ilsa encontram-se e relembram o passado que tiveram juntos. Momentos marcados pela inesquecível música As Time Goes By.
Casablanca é um dos maiores filmes da história cinematográfica e, por ironia, era considerado por todos os envolvidos uma obra secundária. Uma história muito bem ambientada que quase não se percebe que quase todo o filme foi feito em estúdio e não no Marrocos. Interpretações memoráveis de Humphrey Bogart, com o seu cínico, mas carismático Rick; e de Ingrid Bergman, com a sua linda e dividida Ilsa. Aliás, como era linda esta atriz!
Um dos personagens que mais gosto é o corrupto Capitão Renault, vivido pelo ator Claude Rains, que conseguiu uma indicação ao Oscar por causa deste papel na categoria melhor ator coadjuvante. Ele mesmo se diz sem escrúpulos e só conhece uma pessoa com menos que ele: Rick.
Casablanca foi indicado também nas categorias de melhor ator (Humphrey Bogart), melhor fotografia, melhor edição, melhor trilha sonora – comédia/musical, melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro, tendo vencido as três últimas.
A grande força do filme está nos seus diálogos, muitos deles inesquecíveis. "Estou de olho em você, garota.", “Toque, Sam. Toque As Time Goes By." e “De todos os bares de todas as cidades do mundo todo, ela entra no meu.” são algumas das mais memoráveis.
Casablanca é o tipo de filme que qualquer um que se diga cinéfilo deve ter em sua história de leitura cinematográfica. É obrigatório assistir a este filme, de preferência, mais de uma vez. É como vinho, fica melhor as time goes by.
8 comentários:
Inesquecível, obrigatório... meu filme preferido!
E não nos esqueçamos da ousadia do roteiro porque, no final das contas, o herói do filme não é Rick e sim Victor Laszlo. Rick é o protagonista, mas não o herói. Rick é cínico, amargurado e tornou-se um covarde após sua desilusão amorosa. Já Laszlo é a personificação da integridade: corajoso, inteligente e apaixonado pela esposa. O que dizer da bela cena em que ele se levanta e, desafiando os oficiais nazistas, insufla os freqüentadores do bar a cantarem a Marselhesa com ele?
Rick, no fundo de seu coração, sabe que, se Ilsa ficar com ele, um dia virá a comparação. E que ele não é páreo para Laszlo. Peocupação que ele deixa transparecer quando diz a ela que se arrependeria "talvez não hoje, nem amanhã, mas logo e pelo resto de sua vida".
Só esse aspecto já tornaria o filme revolucionário (1943, época de dramalhões!!!). Mas ainda tem a magia, a música, a bela Ingrid, o irretocável Bogart... É, no mínimo, perfeito!
Domingo o teu Flamengo enfrenta o meu Grêmio, Tito. Arriscaria um placar?
Abraço!!!
O filme � marcante, fica-nos indelevelmente marcado.
O melhor personagem � o Capit�o Renault, d�bio e, de certa maneira, matreiro, mas que, ao final, posiciona-se corretamente.
H� uma cena final que poucos percebem; quando Victor e Ilsa partem. Ap�s aquelas desventuras finais, Renault toma nas m�os uma garrafa d'�gua mas, quando l� o r�tulo, atira-a ao lixo, pois se tratava de Eau Min�rale de Vichy. Vichy era a est�ncia hidromineral na qual instalara-se o governo t�tere do Marechal P�tain, colaboracionista e pr�-eixo.
Com aquele ato, Renault rompe com o seu "pragmatismo" e alinha-se com a Resist�ncia e com a Fran�a Livre do General De Gaulle, a Verdadeira Fran�a, deixando, assim, de "beber na fonte de Vichy". � uma tomada genial que, infelizmente, muitos n�o compreendem...
Tito, Casablanca é um dos grandes clássicos do cinema. Filmado na época da II Gde. Guerra Mundial, é um filme noir, com orçamento barato e que tinha tudo para nao vingar. O resultado é um belo filme, com roteiro redondo, direção segura do grande Curtiz e, sobretudo, Ingrid Bergman em estado de graça. O close-up de Bergman, enquanto Wilson cantarola As Time Goes By é uma das mais belas cenas do cinema. Cinema de primeira. Bela escolha. Sempre que posso o revejo.Abcs. Visite meu blog. http://e-motionmovies.blogspot.com
Esse é o filme da minha vida. Se hoje gosto tanto de cinema, é por causa dele.
A guerra dos hinos no Rick's é a melhor cena já feita até hoje. Mesmo depois de ter visto o filme muitas vezes, ainda fico arrepiada com ela.
Não vou repetir tudo que o pessoal já comentou, mas vou dizer que trata-se de um dos melhores de todos os tempos. E fica melhor com o tempo mesmo...
Abraço!
Erika, tinha certeza que você era fã. A cena do hino é, realmente, um dos pontos fortes do filme.
Flavio, este detalhe sobre a água passou batido por mim, confesso. Valeu pela preciosa informação!
Jacques, aquela cena do close-up é maravilhosa, assim como a própria Bergman. Sou apaixonado por ela.
Cecilia, a guerra dos hinos é um dos pontos fortes. Interessante a sua paixão pelo cinema ter nascido deste filme. Nasceu bem!
Pedro, concordo!
Está na galeria dos 'filmes imortais'. Simples, mas mítico. Romântico, apesar de ter como pano de fundo uma guerra.
Conquistou e ainda irá conquistar muitos corações.
Abraço.
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