O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tá Chovendo Hambúrguer

Tá Chovendo Hambúrguer, que estreia no dia 2 de outubro, é uma adaptação animada do livro infantil escrito por Judi Barrett e Ron Barrett e conta a história de um jovem cientista/inventor que, com ótimas intenções, cria uma máquina que transforma água em comida na esperança de acabar com a fome no mundo. Ao menos para a população da pequena cidade de Chewandswallow, tudo parece perfeito quando começa a chover sopa, nevar purê de batatas e vem uma tempestade de hambúrgueres. O cientista só não imaginava que isso iria causar um problema de proporções globais.

Levei meus filhos para assistir aos filmes e eles adoraram. Aliás, a cabine estava repleta de crianças e todas saíram com sorrisos no rosto. Sucesso garantido entre elas. Mas nem precisava esperar a reação delas para emitir qualquer opinião favorável a esta animação: eu me diverti horrores com os diversos personagens, as situações inusitadas, as gags e piadas bem colocadas, as citações a outros filmes, a história bem construída e bem conduzida e com os sonhos que toda criança tem de ver cair do céu as comidas, quitutes e doces que tanto amamos.


Foi uma sessão mágica com os meus meninos, principalmente o mais velho, que tem seis anos. Ele vibrava com as peripécias do cientista Flint Lockwood e nem se incomodou com os chatos óculos 3D. É diversão garantida para toda a família. O único senão é morrer na grana da famosa cadeia de lanches fast food, aquela do “M” grande, na saída. Lanche caro e inevitável. Fazer o quê? Pena que não chove hambúrgueres na vida real!

Nota 10

2º Dia - Festival do Rio 2009

Hachiko: A Dog’s Story

Meu segundo dia no Festival e fui ao Leblon para assistir a dois filmes na mesma sala. Hachiko: A Dog’s Story foi o primeiro e marcou um bom começo de noite. A sinopse dizia-me que era mais um daqueles filmes sobre cãezinhos bonitinhos, mas surpreendi-me de maneira positiva.

“Hachiko era um cão de rua abandonado até ser adotado por um professor universitário. Os dois criam laços tão fortes que o cachorro o acompanha ao metrô quando ele sai para trabalhar, e volta para buscá-lo na hora de seu retorno. Um dia, o professor morre, e não mais retorna. Mas Hachiko não desiste. Durante nove anos, volta diariamente à estação, na esperança de que seu dono apareça. Sua lealdade e perseverança acabam comovendo a todos que por ali transitam. Baseado na história real do cão Hachiko, em cuja homenagem foi construída uma estátua de bronze na estação Shibuya em Tóquio.”

O que vemos na tela é uma adaptação de uma história real, feita com muito cuidado e com muito sentimento. Ela comove e fascina até mesmo os corações mais duros. É sobre aquela velha relação entre um homem e seu melhor amigo, seu cão. Sobre fidelidade e lealdade. O bacana é que não é piegas.

A história original é totalmente japonesa, já foi filmada por lá e é muito popular. O cãozinho é símbolo de fidelidade na terra do sol nascente. A versão americana é bem construída e valoriza a relação entre os dois. Aliás, o final poético é muito bacana. Belo filme!

Nota 9


Mother

Segundo filme da minha segunda noite de Festival. Quando li a sinopse com o Francisco Carbone, pensamos que o filme era uma espécie de Kill Bill japonês que em vez de uma noiva teria uma mãe empunhando a espada. Ri da brincadeira, mas não fiquei muito animado em assistir. Não sei se foi por esperar pouco, mas acabei gostando. Não é uma obra-prima, mas é legal. A sinopse:

“Hye-ja é viúva e dedica a vida a seu único filho Do-joon que, apesar de ter 28 anos, é totalmente dependente dela. Quando o corpo de uma menina é encontrado em um prédio abandonado próximo à sua residência, o tímido Do-joon passa a ser considerado o principal suspeito. Mesmo sem evidências incriminatórias consistentes, a vontade da polícia em fechar o caso e a incompetência do advogado de defesa fazem a condenação parecer inevitável. Sem escolha e determinada a provar a inocência do filho, Hye-ja decide encontrar o assassino sozinha.”

Parece ou não parece que ela vai pegar sua Katana e partir para cima dos bandidos? Mas não é o que vemos na tela. Ela é apenas uma mãe que, inconformada com a situação em que o filho encontra-se, resolve investigar ela mesma o crime. Vemos, então, até onde uma mãe pode ir e o que ela se propõe a fazer por seu filho.

Tirando aquelas estranhezas comuns ao cinema oriental, como a valorização do ridículo e musiquinhas toscas, é um bom divertimento. Há reviravoltas na trama, ângulos e quadros interessantes. Vale a visita.

Nota 7,5

terça-feira, 29 de setembro de 2009

1º Dia - Festival do Rio 2009

Julie & Julia

Para quem trabalha em várias frentes, como eu, não é possível assistir à quantidade de filmes que se gostaria no Festival do Rio, que, aliás, eu adoro. Só posso ver filmes à noite, o que limita minhas opções e escolhas. Este ano, para mim, o Festival começou com cinco dias de atraso. Hoje, segunda-feira, dia 28/09/2009, é o meu início.

Comecei com Julie & Julia e, para ser sincero, adorei o filme. Ele conta a história de duas mulheres que desejaram se reinventar e encontraram na culinária o caminho para novas descobertas.

Uma delas, Julia Child, em 1948, muda-se para Paris com o marido, recém-nomeado adido cultural dos EUA. Decidida a não ser apenas uma dona-de-casa, começa a procurar cursos que a interessem até ingressar em uma turma de uma famosa escola de gastronomia que só tinha homens. Acaba formando-se e lançando um livro de culinária francesa para americanas que se tornou muito popular.

A outra, Julie Powell, nos dias atuais, está chegando aos 30 anos e se sente nem um pouco realizada. Em uma conversa com o marido, decide testar todas as receitas do livro de Child e publicar os resultados em um blog criado especificamente para este fim.

Meryl Streep dá um show como a alta e simpática Julia Child. Além disso, é ótimo ver Stanley Tucci tão à vontade em um papel mais especial. A película diverte com seus ótimos cortes que costuram as duas épocas e as duas histórias. Pena que o final parece meio frouxo ou meio rápido demais. O filme é delicioso e dá uma fome danada.

Nota 8


35 doses de rum

Segundo filme da primeira noite. Só posso dizer uma coisa: comecei a noite bem, mas terminei mal. A película conta a história do viúvo Lionel e de sua filha Josephine. Quer dizer, não a história, mas a rotina de vida deles. Cheio de metáforas sobre o movimento e o não-movimento da vida. Lembrou-me a peça de Anton Tchékhov, As Três Irmãs, em que você fica esperando que algo aconteça e nada, absolutamente nada acontece.

A história gira em torno de Lionel, sua filha, seu emprego no Metrô, seus amigos e seus vizinhos. Personagens entram e saem do filme como se estivessem entrando e saindo do coletivo guiado pelo pai de Josephine. Não só os personagens, mas as situações pelas quais passam. São apostos. Puros e simples apostos. Se não estivessem lá, ninguém daria por falta deles.

Para se ter uma ideia, são 100 minutos de filme nos quais passamos pelo menos 10 vendo trilhos de trem. Posso ter exagerado em 1 ou 2 minutos. Salvam-se “algumas poucas” cenas e “alguns poucos” momentos. De resto, o filme é chato que dói. Cheguei à conclusão que não posso beber rum ou fico com sono.

Nota 3

Potência!

Para a séria série de "Comerciais Bacanas" segue esta propaganda do Golf. Todo menino adora um carrinho... ainda mais com esta potência!

domingo, 20 de setembro de 2009

Agora vai!

COLUNA_MAGIA_FABRICIO
O domingo foi ótimo! Começou ensolarado, prometendo um grande dia. Dia de praia, sol, Maracanã e futebol. E põe futebol nisso. Foi bonito de ver o jogo de hoje com o Coxa do Aloirado Paraíba. Jogo parelho, bem disputado, com duas equipes dispostas a vencer. Não fosse o juizinho confuso, teria sido uma partida perfeita.

Nome do jogo? Petkovic! Seguido bem de perto pelo Adriano. A cobrança de falta do sérvio foi fenomenal. Os lançamentos que fez durante o embate foram magníficos e os passes, desconcertantes. Que fase arrasadora! O passe milimétrico que deu para o segundo gol foi de arrepiar e o gol de cobertura do Imperador foi merecedor de placa. Se continuar assim, sua vaga para a Copa está garantida.

Difícil entender porque o Coritiba está tão perto da zona de rebaixamento. O time joga direitinho e tem bons jogadores. Não sei se isso é o dedo do Ney Franco, mas que a equipe deles é melhor que a do Sport, não tenho dúvidas. Venderam caro a vitória, dando a ela um sabor todo especial. Foi uma grande partida.

O Willians, que estava amargando uma estadia no banco, entrou no lugar do Fierro e marcou outro golaço aproveitando uma sobra e acertando um petardo de potência arrasadora. E agora, Tromba? Quem fica no meio? Willians ou Fierro? Vale dizer que o chileno jogou bem, com grande movimentação. Só quem destoou um pouco da equipe foi o Dênis Marques, mas nada demais.

São quatro partidas sem levar um gol e marcando doze. Dez pontos conquistados em doze. Média de campeão, pena que não fizemos isso desde o início do certame, não é? Bom, o que importa é que ganhamos três posições com esta partida e reencontramos a alegria de jogar, torcer e de acreditar.

Não foram apenas três golos, foram três golaços! Cada um mais bonito que o outro e capazes de deixar toda a nossa Nação feliz. Pode chover, pode relampejar, mas amanhã mais da metade da população carioca estará com um sorriso no rosto, fruto de um domingo de muita alegria.

A torcida compareceu, fez uma festa linda e saiu contente e cantando, satisfeita com a apresentação de hoje. Ovacionaram o Pet na justa homenagem que o Andrade fez questão de realizar com a substituição no finalzinho do jogo. O Tromba sabe das coisas.

Agora, vem o teste real, com um clube com o qual brigamos diretamente por uma vaga entre o famoso G-4. Vai ser pedreira: jogaremos na casa do adversário, sem o nosso goleiro titular. Porém, se jogarmos com a vontade que jogamos as últimas partidas, poderemos voltar com um resultado positivo do Beira-Rio, com muita moral e com a certeza de que podemos, sim, chegar à ponta da tabela. Será pura magia!

MAGIA NELES!!!
EQUIPE Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

sábado, 12 de setembro de 2009

Ser Flamengo!

Sentei de frente ao computador e fiquei olhando para a tela. Olhava para o branco do papel do Word imaginando por onde começar. Será que deveria começar falando sobre a época em que Zico jogava e que foi a magia daquele Flamengo que me conquistou? Do último brasileiro conquistado por um time desacreditado capitaneado pelo maestro Júnior? Da época pós-copa de 94 na qual Romário veio para mostrar que sempre foi rubro-negro? Do último tri-campeonato, em que cada conquista foi em cima do rival mais amado, aquele da colina que em finais só nos dá alegrias? Do último bi-campeonato, em que cada conquista foi em cima do vice da vez, aquele da estrela solitária?

Pensei, pensei e pensei. Cheguei à conclusão de que falar sobre o Flamengo é falar sobre minha vida, pois a presença rubro-negra é constante. Não há um só dia em que eu não fale nessa paixão. Em que eu não busque notícias. Em que eu não me emocione de alguma forma. Em que eu não brinque com um torcedor rival ou que eles não brinquem comigo. Creio que é a relação mais duradoura que já tive e terei. O impressionante é que o amor só aumenta. É o único amor que, mesmo diante das mais expressivas decepções, não arrefece, muito menos fenece.

Ser rubro-negro é ser parte de algo gigantesco, que não pode ser mensurado. Não há torcida maior, mais apaixonada, mais bonita ou mais vibrante. Os arcoirianos reconhecem isso. Mesmo que digam bobagens sobre sermos um bando de pobres selvagens. O Flamengo é popular mesmo, mas é popular em qualquer classe social. É o clube de maior torcida em qualquer setor social, do mais rico ao mais pobre. Infelizmente, vivemos em um país em que a pobreza é dominante, mas, nem por isso, você vê o mais miserável cidadão rubro-negro esconder as cores da sua nação, mesmo nos momentos mais difíceis.

Nossa camisa, nosso manto, cheira a suor e sangue rubro-negro, nunca a naftalina como as da maioria dos arcoirianos.

Ser Flamengo é motivo de orgulho! É ter diversas músicas de artistas famosos cantando sua paixão. É ter tradição, amor e raça! É, mesmo quando ele não vai bem, ser feliz! É gritar ao mundo que não há clube mais amado e que nunca haverá. É dizer que somos uma nação e não haver contestação porque não há argumentos que isto consigam. É vir, ver e vencer! Seja na terra, seja no mar. É ser uma vez para ser sempre. Ser Flamengo é, em suma, o mesmo que viver!

Magia Neles!

Obs.: este texto foi escrito no ano passado para o Magia Rubro Negra. O Botachoro ainda não era outro tri-vice.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Menina

Fascinante é o seu sorriso,
Arrebata sem aviso,
Seu olhar tem brejeirice,
Doçura e meninice.

Conquista mesmo sem querer,
Creio que até sem perceber,
Invade e ocupa rapidamente,
Apaixona e nem sente.

Pensar em você é uma constante,
Preenche todo e qualquer instante,
É sonho, é alegria contagiante.

Preciso de seu carinho tanto e tanto,
Que é difícil precisar o quanto,
Estou entregue e preso ao seu encanto.

Ousadia e Magia!

COLUNA_MAGIA_FABRICIO

"Esperança existe e vamos trabalhar muito até o último jogo. Temos que pensar sempre grande. São duas partidas dentro de casa, mas vamos pensar somente no Sport. Precisamos ter paciência. É um jogo para fazer três pontos" - Andrade

Li hoje esta declaração do Tromba e fiquei triste. Gostaria de saber quando os outros jogos deixaram de ser jogos para se fazer três pontos. Na minha modesta opinião, ganhar os três deveria ser sempre o objetivo, não em uma ou outra partida. Preferi acreditar que ele tinha apenas se expressado mal. Continuei lendo e me irritei de vez.

"Teremos a volta do Fierro, do Adriano e ainda temos a possibilidade de utilizar o Zé Roberto no meio. Existe a chance de jogarmos com dois meias de origem. Temos ainda alguns dias para treinar e vamos ver o que vai acontecer" - Andrade

Caramba! Ele ainda acredita no Zé Roberto. O cara não quer nada e ainda merece chances. Até quando? Quem ele tirará do meio se o ataque será Adriano e Denis Marques? Pet? Será que jogará com menos volantes? Sinceramente, não sei o que esta declaração quer dizer. Só sei que não aguento mais o Zé Boteco. Cadê o Erick Flores? Machucado? Vendido? Ou apenas encostado?

Adoraria ver uma formação com o Erick e o Pet armando as jogadas. Dois jogadores habilidosos, um jovem e cheio de gás, outro experiente e orientando o time. Acredito que valeria a pena pelo menos testar esta possibilidade. Falta criatividade e ousadia ao nosso time. Sobra preguiça e salto alto.

Quero raça, quero dedicação, quero brio e quero nossa magia de volta!

MAGIA NELES!!!
EQUIPE
Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cara feia!

COLUNA_MAGIA_FABRICIO

Quando o velho Tromba falou que o time do Flamengo, pela primeira vez, entraria em campo com a sua cara, pensei que estivesse falando em sentido figurado, não literalmente. Em outras palavras, pensei que entraria aguerrido, guerreiro e técnico como o jogador que ele foi, não feio como ele é. Piadinhas à parte, demos mais outro vexame neste campeonato.

Alguns dirão que o empate fora de casa é um bom resultado, que foi em um lugar em que não vencemos há mais de trinta e tantos anos e um monte de outras desculpas, mas a verdade é que não entramos para ganhar, não ameaçamos a equipe deles em momento algum. Pelo contrário, em boa parte dos noventa e poucos minutos, jogamos com onze dentro do nosso lado do campo. Dois chutes a gol! Preciso dizer mais?

Jogar assim é coisa para time pequeno! Estou cansado de ver o Mengão apequenar-se diante de qualquer outro time, quanto mais dos de menos tradição. Como disse o Justino, com propriedade, o “furacão” é apenas mais um genérico. Somos uma Nação e, como tal, não devemos ficar contentes com o meio da tabela e, muito menos, com fugir do rebaixamento. Comemorar empate com Atlético-PR? Tenha dó!

Por onde anda o Erick Flores? Não aguento mais ver o Zé Roberto em campo. Ontem, até tropeçar na bola, sozinho, conseguiu. É uma nulidade sem tamanho. Além de não ajudar, atrapalha. Prefiro o Alex Cruz-Credo a ele. Não vou meter o malho no Léo Moura porque jogou sem liberdade e ainda está retomando o ritmo. Agora, o Willians, jogador que admiro, deu uma pixotada sem tamanho. O lance era dele, todo dele. Dar tapinha no rosto para quê? Coisa de moleque! Deve parar com tantas faltas tolas para não se perder do seu futebol.

Agora, jogaremos em casa contra mais um genérico, vice-lanterna da competição. É obrigação vencer esta partida e vencer bem. Os jogadores devem demonstrar brio e, no mínimo, devolver os quatro golos que levaram no primeiro turno. Deveriam encarar isso como questão de honra. Mas será que ligam para isso: honra?

Não posso deixar de comentar sobre o Lopes e sua vergonhosa carteirada: “Vamos prendê-lo agora? Vamos?”. Que coisa ridícula de se fazer. É uma cena de envergonhar até família e amigos. Que ataquezinho de piti, hein? Que feio, seu delegado. Que feio!

Será que o Andrade, com mais uma semana de preparação, montará o time com a cara dele? Literal ou figuradamente? Tomara que seja figurada... caso contrário, só com muita magia!

MAGIA NELES!!!
EQUIPE
Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

terça-feira, 1 de setembro de 2009

DEPOIMENTOS: 3. Elle

DEPOIMENTOS: 3. Elle

Nasci hah pouco tempo, pouco mais que dezessete anos, mas minha vida eh mais movimentada que qualquer seriado norte-americano. Tipo assim, pode parecer que, como sou novinha, ainda naum vivi nada, mas naum eh por aih, sakas? Meu nome eh Danielle, mas todos me chamam de Elle. Eu sei que eh comum chamarem as Danielles ou Danielas de Dani, mas axo que perceberam desde novinha que eu naum era comum.

Sempre fui vaidosa. Nem sempre usei o cabelo pintado de rosa, mas sempre gostei de me enfeitar. Gosto de batons, brincos, colares, cordões, pulseiras e piercings. Naum gosto de dark, nada gohtico. Gosto de cores vivas, de alegria. Adoro a vida, estar viva e adoro viver. Pode parecer repetitivo, mas, se pensar bem, saum coisas diferentes.

Dei muito trabalho aos meus pais. Tipo assim, ainda dou, mas, desde que fui morar sozinha, muito menos. Soh pra ter uma idehia, e naum eh kaô, aos oito anos chegava chapada do colehgio, embora naum soubesse ao certo do quê. Hoje, eu imagino, mas, na ehpoca, naum sabia do que se tratava. Alguns colegas misturavam um pozinho no meio do suco na hora do intervalo e todos tomavam. Que coisa! Era muito bom aquilo. O problema eh que teve uma vez que tomei demais o tal suco e mal conseguia parar em peh, tudo parecia muito longe e trêmulo, minhas pernas pareciam naum querer parar de se enroscar. Aih, fera, minha mãe me trocou de escola e o problema parecia ter se resolvido.

Aos doze anos, meu primeiro namorado, meu primeiro amor. Minha primeira decepção tambehm. Ele foi o primeiro em muitas coisas e foi, tipo assim, especial. Naum rolou sexo, foi tudo muito puro e inocente. Mas foi a relaçaum que mais me marcou. Terminamos porque ele disse que naum me amava. Entrei em parafuso. Mas, quatro anos depois, estava mais que recuperada e jah tinha beijado muito. Embora, ainda hoje, sinta que o Jeff eh o amor da minha vida.

Aos dezesseis, comecei a trabalhar, como recepcionista, numa auto-escola. Foi lah que conheci o homem com o qual perdi minha virgindade. Ele era bem mais velho, tipo assim, uns dezoito anos. Ele era instrutor. No inihcio, tudo naum passava de uma brincadeira. Olhares, sorrisos, apertos de maum. Ateh que numa certa noite fiquei ateh mais tarde na escola trabalhando em um cenahrio pro nosso festival de dança. Jah era mais de onze da noite e estava caindo a maior chuva e eu estava no ponto esperando um ônibus. Foi quando ele passou de carro e me viu. Ofereceu carona e eu aceitei. Sem que me desse conta, estava na casa dele. Naum era pra rolar nada, sakas? Mas, quando vi, jah estahvamos nus no sofah dele. Quando percebeu que aquela se tratava da minha primeira vez, ele quis parar, disse que eu me apaixonaria por ele e que naum era correto. Soh que eu jah queria aquilo hah muito tempo. Disse a ele que naum tinha nada a ver e que eu sabia muito bem que era soh uma transa sem compromisso. No final, naum foi tudo que eu esperava, mas foi bom. Transamos mais umas quatro vezes, eu axo, ateh que eu saih do serviço e naum nos vimos mais.

Foi nessa ehpoca que eu comecei a freqüentar xous de rock. A maioria de metal, afinal, era lah que estava a melhor parte. Foi quando reencontrei aquela sensação taum agradahvel do suquinho do colehgio. Usei, abusei, cheirei, fumei. Enfim, fiz o caralho a quatro. Isso tudo ateh um poko antes de descobrir minha gravidez. Sinceramente? Tem horas que penso que meu filho foi minha salvaçaum, afinal, se naum fosse por ele, sabe-se lah Deus onde eu estaria agora. A procura por aquele pozinho milagroso estava começando a ficar um tanto quanto obsessiva. Na verdade, jah eh uma coisa que passou e naum teve lah grande importância em minha vida, naum a usava com freqüência, era soh de vez em quando, junto da galera, pra relaxar mesmo e, às vezes, pra dar coragem e ânimo.

Estou grahvida sim. Tenho dezessete anos, quase dezoito e estou esperando um menino que sei que eh lindo. Famihlia eh o que hah de mais importante pra mim, apesar das brigas e dos desentendimentos, eh minha base, minha fortaleza. Sei que posso quebrar minha cara nesse mundo, fazer muita merda, que ela ainda assim estarah ali me estendendo a maum. Amo minha mãe, afinal, foi ela quem me deu a vida, quem perdeu noites e noites de sono ao meu lado. Devo tanto a ela e sinto que faço taum pouco por merecer tudo isso. Meu filho eh a coisa mais importante nesse mundo pra mim, afinal eh uma parte de mim, naum? Mesmo que ele ainda naum tenha nascido, eu o amo muito mais que a mim mesma.

Eu sou vendedora hoje. Adoro meu trabalho, nem tanto pelo trabalho em si, mas porque me dah a oportunidade de conhecer muita gente. Eu adoro escrever e analiso as pessoas. Cada cliente que atendo, vou transformando em um novo personagem. Escrevo pequenos contos, a maioria sobre drama, axo que essa foi a maneira que encontrei pra me refugiar do resto deste mundo doido. Quando escrevo, esqueço de tudo, inclusive de mim mesma. Meu sonho, ou melhor, projeto de vida, eh ser cineasta. Acabei o colegial hah pouco tempo e pretendo ingressar na faculdade de cinema. Adoro a magia que envolve esse mundo que me encanta demais. Dizem que levo jeito pra coisa, jah q minha imaginação eh bem fehrtil.

Tenho três amigos, a Mere, o João e a Taís. São os melhores! O João eh um conquistador das antigas, naum pode ver um rabo de saia que sempre se mete em encrenca e sempre sobra pras amigas resolverem. A Mere eh um amor de pessoa, se você for sadomasoquista, claro. Ela eh um tanto quanto egoihsta, antipahtica, mas, no fundo, eh uma boa pessoa. A Taís, linda, naum faz mal a ninguehm. Estah sempre disposta a ajudar e a ouvir. Jah namoramos oito meses, mas naum deu muito certo. Ehramos amigas de classe e tudo parecia ir muito bem, obrigada. Mas, naum sei o porquê, certa vez, em que estahvamos na sala da casa dela, roubei um beijo. Foi aih que vivemos oito meses de um namoro bastante sohlido e feliz. Terminamos porque o pai dela descobriu e a famihlia, muito religiosa, proibiu a Taís de sair comigo, foi barra. O coroa me botou pra correr.

Naum foi a primeira vez que transei com uma garota. A primeira foi uma loucura. Naum entendi ateh hoje como rolou. Tipo assim, nada pensado, sakas? Realiza: eu, muito tranqüila, dando um roleh pelo xopis, tinha acabado de levar um fora e precisava de um tempo pra pensar, refletir. Fui ateh a pista de sk8, sentei lah pra ver se alguma coisa fluiha, foi quando a vi, ela estava sentada junto com outras garotas. Ela me lançou um breve olhar, abaixou a cabeça e soltou um risinho meio abafado, naum sei o porquê, mas correspondi com um meio-sorriso. Alguns minutos depois, sem que nem eu mesma percebesse, ela havia se sentado ao meu lado. Sorriu e eu sorri de volta. Ela me convidou pra sairmos dali e eu, sem pensar duas vezes, aceitei. Parecihamos amigas hah anos, rihamos e meia hora depois, estahvamos no banheiro do xopis em uma situaçaum nunca imaginada. Ela me acariciava de todas as maneiras possihveis e eu nem sabia que fazia tudo aquilo. Ela foi perfeita, fizemos loucuras dentro daquele banheiro e, uma hora depois, estava sozinha, sentada no mesmo lugar onde tudo havia começado. Nunca mais a encontrei.

Sexo. Tem coisa melhor que isso? Amo, simplesmente amo fazer amor, mas soh fiz isso com quatro pessoas em minha vida (dois homens e duas mulheres). Os dois lados tem seus pontos positivos. Homens satisfazem, mas, às vezes, fica a impressão de que falta algo, naum sei explicar. Mas a sensaçaum eh a melhor coisa do mundo. As mulheres saum muito delicadas, querem agradar demais, o que, às vezes, atrapalha, mas nem tanto.

A uhltima pessoa com quem fiz amor, eh o mais especial de todos, jah que se trata do pai do meu filho. Eu o conheci atravehs de um ex-namorado meu, o Jeff. Eu o adicionei no Orkut, mas nunca tinha falado com ele. Quase um ano depois, ele estava deletando pessoas que ele não conhecia do Orkut dele e, por acaso, mandou uma mensagem para mim. Foi aih que tudo começou. Trocamos MSN e marcamos de sair no dia seguinte, quando o vi, broxei. O cara naum era nada do que esperava. Era muito diferente, mas mesmo assim pensei: se naum eh pra rolar, que pelo menos sejamos amigos. Naquele mesmo dia, fomos ateh uma construçaum e transamos. Meu primeiro orgasmo com um garoto. O que foi aquilo? Nunca tinha experimentado tal sensaçaum, fiquei muito loka naquele dia e sem pó. Depois disso, naum nos desgrudamos mais. Ele passou a freqüentar minha casa e a cada dia ia embora mais tarde, ateh que ele veio morar comigo. Foram os três meses mais maravilhosos da minha vida, apesar de sempre estar muito ocupada com o trampo e a escola, ainda tinha tempo para sair com ele e ir a xous de hardcore. Saihamos madrugada a fora e sempre rolava muito sexo, muito carinho e um poko de drogas tambehm.

Os dias foram passando e eu axava que o amava. Ateh que um dia ele chegou e confessou ter me traihdo. A primeira vez tudo bem, afinal naum axava que fosse o fim do mundo. Poderia acontecer com qualquer um, mas isso passou a ser freqüente e o pior eh que ele ainda me dizia. Ateh que um dia, o Jeff veio ateh minha casa para conversamos e acabou rolando um beijo. Eu, muito tonta, contei ao Thiago. Ateh entaum, nem sabia que estava grahvida. Terminamos. Duas semanas depois, ele jah estava com outra e eu com um filho dele. Entrei em parafuso. Naum sabia o que fazer ou a quem contar. Minha famihlia foi super compreeensiva e mais uma vez me estendeu a maum. Ele sumiu. Depois de muito tempo, voltei a vê-lo no primeiro ultra-som. Ele xorou, ficou emocionado e voltamos, mas naum durou muito, porque ele ainda estava com a outra. Depois de muito chorar e tentar aceitar, convenci a mim mesma que seria melhor sem ele, que cuidaria do meu filho sozinha, que naum precisava dele.

Foi quando o Jeff mais uma vez apareceu. Conversando por MSN, ele me xamou pra sair, sempre querendo conversar, afinal, ele sabe que apesar de tudo, somos amigos. Foi em uma dessas conversas que ele me revelou o quanto sentia minha falta e que queria voltar pra cuidar de mim e do meu filho. Putz! Mais uma vez entrei em parafuso, como minha vida poderia dar essa reviravolta? Ainda naum respondi se aceito ou naum, mas de uma coisa eu tenho certeza, sou forte e, com ou sem o apoio do pai do meu filho, eu vou tê-lo e cuidarei dele da melhor forma possihvel!