Aos poucos, Caio Jr. vai mudando a maneira do Flamengo jogar. A mudança de Jaílton por Jônatas aumentou a qualidade dos passes no meio de campo. O equilíbrio na alternância das laterais está dando mais segurança à defesa. A utilização de um meia armador tem melhorado, e muito, a ligação do meio campo com o ataque. Aliás, ontem foi o dia do meia. A entrada de Maxi no ataque ao lado de Souza permitiu que o Marcinho jogasse na posição de armador e ele estava iluminado ontem. Fez três gols, a assistência do primeiro do Souza e estava junto do atacante no quinto gol da noite; se o companheiro não fizesse, ele fazia.
Foi uma noite de sonho. O Souza fez dois! Ibson, longe ainda do jogador do brasileiro passado, melhorou em relação aos últimos jogos. Até o Toró jogou bem, fazendo menos faltas e conseguindo quatro desarmes.
O Flamengo começou o jogo fazendo uma marcação dura e, logo aos dois minutos, Marcinho roubou a bola, abriu com Maxi que devolveu para Marcinho, livre, marcar. O Figueirense sentiu e, a partir daí, não conseguiu mais se organizar. Aos 36, Souza protege a bola no campo ofensivo, toca para Juan que toca para Marcinho; o camisa 22 domina e lança milimetricamente para Souza, que, de cara para o gol, toca na saída de Wilson. Três minutos depois, Juan recebe passe de Souza, dribla um zagueiro e bate na saída do arqueiro adversário, que faz excelente defesa, mas dá rebote, que Marcinho aproveita para estufar a rede. Aos 45, linda jogada de Léo Moura que passa por dois jogadores, penetra a área e toca para Marcinho fazer o seu terceiro na noite, o quarto do Mengão. O primeiro tempo termina com oito chutes a gol do mandante contra apenas três do visitante.
A volta para o segundo tempo trouxe um Flamengo mais tranqüilo e com uma marcação mais leve. O Figueira voltou mais organizado e, em dez minutos, chutou quatro vezes a gol, mais que todo o primeiro tempo. Aos 10, o Fla faz sua primeira substituição: sai Jônatas, entra Kleberson. Aos 17, Toró pede para sair, cansado, Caio Jr surpreende e lança Obina, quatro a zero e o técnico quer mais, fazia tempo que eu não via isso no Flamengo. Aos 29, em seu melhor momento, o Figueirense, por meio de Wellington Amorim, com um chute forte de fora da área, obrigou Bruno a difícil defesa, mas a bola passou e bateu na trave. Aos 31, Maxi, que se entregou durante todo o jogo, saiu cansado para a entrada de Éder (lembra dele?); em outros tempos, teria entrado um cabeça de área (mais um ponto para Caio Jr.). Aos 42, Kléberson faz um lançamento primoroso, entre dois jogadores adversários, para Obina que, com tranqüilidade e de cabeça erguida, cruza na área, Wilson dá um toque na bola desviando-a, mas ela vai na direção de Souza que, livre, cabeceia para o fundo das redes. O árbitro nem quis dar acréscimo, apesar das cinco substituições que houve. A torcida fez uma linda festa.
Noite de gala, cinco gols que colocam o Flamengo na liderança do campeonato brasileiro, deixam-no com o ataque mais positivo da competição, bem como com o artilheiro. Sei que não dá para ganhar todas as partidas, muito menos com um placar elástico com este, mas dá para começar a tomar gosto pelo trabalho de Caio Jr.. Conseguimos visualizar, inclusive, algumas jogadas ensaiadas, coisa inexistente na era Joel. No próximo sábado, haverá um teste mais sério, com o atual campeão brasileiro, São Paulo. Que o mais querido do Brasil mantenha a pegada e consiga brilhar mais uma vez.
Saudações Rubro-Negras!!!
Um comentário:
Meu time deu um chocolate no teu rival aqui hoje. Fui no jogo com chuva e tudo. Ainda deram um penalti no Dodô que não existiu.
Abraço!
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