O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

domingo, 15 de março de 2009

Sem Espírito

Will Eisner é considerado um dos mestres dos quadrinhos, a chamada Nona Arte. Aliás, ele a nomeou Arte Sequencial. Seu nome é tão importante que a indústria dos quadrinhos prestou-lhe tributo criando o Prêmio Will Eisner, mais conhecido como "Eisners", algo como o “Oscar” do cinema para os quadrinhos.
The Spirit, o personagem mais conhecido de Eisner, em Junho de 1940, e logo passou a ser publicado em um jornal dominical. The Spirit era um dos nomes de Denny Colt, um homem que foi considerado morto, mas que na verdade vivia secretamente combatendo o mundo do crime. As histórias abordavam uma larga variedade de situações: crime, romance, mistérios, horror, comédia, drama, e humor negro. Frank Miller é um nome muito respeitado no mundo da Nona Arte também. O fenômeno que provocou com o seu Batman – O Cavaleiro das Trevas e o sucesso que atingiu com seu universo Sin City são incalculáveis. E os fãs dos quadrinhos não esquecem seus trabalhos com personagens queridos como Demolidor, Elektra e Wolverine.
Pois bem, Frank Miller foi levado ao mundo da Sétima Arte por Robert Rodriguez (que era um grande fã de Sin City e rodou, por conta própria, um curta-metragem baseado em uma das histórias da série, como tentativa de convencer Frank Miller a autorizar o projeto) para adaptar seus próprios quadrinhos e levar Sin City às telas. O resultado foi muito bom; nas palavras do meu amigo Pedro Henrique: “Sombreado por um delicioso clima noir, essa atmosfera cruel e violenta que Miller criou nos quadrinhos foi magnificamente traduzida para o cinema na mais competente adaptação já feita.” E então, Miller resolveu aventurar-se sozinho na direção de um longa-metragem e escolheu trabalhar com o famoso personagem de Eisner. Para isso, fez uso do seu estilo Sin City e, aí, o caldo desandou. O clima noir, o estilo visual e o estilo narrativo de sua criação não combinam com The Spirit. Soa tudo muito falso e exagerado.
O Roteiro é fraco, com personagens inexpressivos e muitas piadas sem a menor graça. A briga entre o Spirit e seu nêmesis, Octopus, na início é risível de tão ridícula. Simplesmente não funciona. Um festival de mulheres bonitas é o que faz o filme valer alguma coisa. É realmente uma galeria que deixa qualquer marmanjo de queixo caído. Eva Mendes, Scarlett Johansson, Sarah Paulson, Jamie King, Stana Katic e Paz Vega. Todas de encher os olhos, mas, concentrem-se na imagem, pois, como personagens, elas não dizem coisa alguma mesmo. Nem o Spirit salva-se como personagem neste filme. Raso como um pires e chato como narrador. O Octopus de Samuel L. Jackson é um desperdício de bom ator, se bem que, se o ator não fosse bom, seria ainda pior aturar o vilão escandaloso e brega. Afinal, qual é o problema dele com ovos?
Nota: 3,0

2 comentários:

Pedro Henrique Gomes disse...

Yes man. Acho igualmente ruim esse filme do grande Frank. Uma pena.

Unknown disse...

O que é uma pena! Poderia ter sido uma boa produção.