O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Tesouros do Magia 1 - Por Fabrício Mohaupt e André Costa!

Estávamos conversando, eu e o André, sobre a coluna Micos no Magia quando ele veio com uma ideia muito interessante: fazer uma coluna para relembrar e enaltecer bons momentos ou aqueles que honraram o nosso Manto Sagrado. Ainda trouxe sugestões para o nome e escolhemos Tesouros do Magia. Começamos a pensar em quem falaríamos primeiro: Zico? Junior? Outros craques do passado? Aí, a coluna Panorama Esportivo do Jornal O Globo mudou tudo.

Decidimos falar sobre um cara que, em tempos de problemas em campo e extra-campo no futebol do mais amado, mostrou que tem amor ao clube que o criou, projetou e que foi defendido com garra e empenho sempre, mesmo quando a técnica dele não estava nos melhores dias. O nome deste Tesouro do Magia é Ibson Barreto da Silva ou, simplesmente, Ibson.

Ele nasceu em Niterói, no dia 7 de novembro de 1983. Chegou à Gávea em 1992, com apenas nove anos de idade e, já nas divisões de base, assumiu a condição de habilidoso meio-campista. Em 2003, depois de levantar a Taça Belo Horizonte pelo time de juniores, o atleta estreou no time profissional num Clássico dos Milhões, diga-se de passagem, com vitória.

Em 2004, conquistou a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca, além de ter sido vice-campeão da Copa do Brasil. Seu talento era evidente e abriu os olhos dos clubes europeus. Assim, ao fim deste mesmo ano, o jogador já havia se transferido para o Porto de Portugal. Lá, sagrou-se bicampeão português pelo Porto, nas temporadas 2005/2006 e 2006/2007. Mas a saudade falou mais alto e ainda em 2007, o jogador estava de volta ao Flamengo.

Sua segunda passagem pelo Fla deu-se em circunstâncias de verdadeira declaração de amor. O atleta, mesmo sendo pretendido por outros clubes, preferiu ajudar o Flamengo, que vivia uma situação dificílima, correndo inclusive risco de ser rebaixado para a segunda divisão. Contudo, a experiência, unida à dedicação em campo, fez que aquele time protagonizasse uma das mais emocionantes arrancadas já vistas e classificasse o time para a Taça Libertadores da América do ano seguinte.

Em 2008, conquistou a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca e se tornou um dos dez maiores artilheiros do clube em Campeonatos Brasileiros. Em 2009, conquistou a Taça Rio e o Campeonato Carioca. O problema é que o seu contrato encerrou-se neste mês de julho. O Flamengo apresentou ao Porto, detentor dos seus direitos federativos, uma proposta que girava em torno de nove milhões. O clube português, porém, recusou, e o jogador fez sua última partida na sua segunda passagem pelo Fla contra o Vitória-BA no dia quatro de Julho.

Mas o que nos levou a falar sobre ele? A matéria do Panorama Esportivo dizia que na véspera do jogo com o Internacional, pela sétima rodada do Brasileirão, seu Laís, pai de Ibson, recebeu um telefonema de Fernando Carvalho, dirigente do Internacional, afirmando que estava tudo acertado com o Porto para que o jogador defendesse o time gaúcho. Carvalho teria dito ainda que Fernando Gomes, dirigente do clube lusitano, entraria em contato com Ibson para esclarecer a negociação e quanto caberia ao jogador. De fato, Gomes ligou para Ibson, quando este já estava concentrado, pedindo que ele não enfrentasse o Inter, pois completaria sete jogos e não poderia mais atuar por outra equipe no campeonato. A resposta de Ibson foi simplesmente uma declaração de amor ao Mengão: “O senhor tem todo o direito de me ligar e me pedir para não jogar. Mas só que eu vou jogar. No Brasil, só jogo no Flamengo!”.
Se todos os nossos jogadores tivessem este espírito, este amor, seríamos muito mais do que somos, não haveria outro clube no mundo capaz de fazer frente ao nosso, em nenhum aspecto. Por esse comprometimento, por esse empenho e por esse amor, Ibson é e sempre será um dos Tesouros do Magia.

Querem ver o “super” cartum do André em tamanho original? Cliquem aqui.

MAGIA NELES!!!

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