O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Culpa!


O Brasileirão acabou. E o que ficou? Um gosto amargo na boca. O Flamengo teve o campeonato mais fácil para ser campeão e tropeçou nas próprias pernas. Tropeçou até no que se refere a uma vaga para a sonhada Libertadores. Quem esperaria por dois tropeços seguidos do Palmeiras? Mas, nem assim, conseguimos a vaga.
E de quem é a culpa? Difícil dizer. Já discuti o assunto com vários amigos, cada um com uma opinião. Creio que a culpa é de todos. Não livro a cara de um dentro do clube. Nem de nós, torcedores. É claro que nossa culpa é por acreditar demais, por gritar o nome de Caio Jr. por causa de um jogo apenas, de gritar que Obina é melhor que Eto’o e coisas afins. Sério mesmo, nessa situação toda, é ver a apatia dos jogadores dentro do campo e de ver a ineficiência do treinador à beira dele. Porém, ainda mais sério, é constatar que nossa diretoria é, no máximo, amadora. Que faz negócios para lá de duvidosos. Percebam que estou chamando de negócios e não de negociatas, nome que seria mais correto.
Temos um presidente que fala um monte de besteiras e que posa de rainha da Inglaterra enquanto o primeiro ministro, Kléber Leite, faz os negócios mais loucos e indizíveis que podemos esperar. Isso tudo somado a um comando frouxo, em que jogadores inventam contusões, saem em vésperas de jogos importantes para farras absurdamente caras e andam em campo.
Não há compromisso com o clube por parte dos jogadores, falta esta escorada na desculpa de que são profissionais e que estão apenas cumprindo contrato. O cara assina o compromisso já pensando em se projetar e sair logo para um clube do exterior. Joga quando quer e se quiser. A única coisa certa neste negócio é que o clube fica devendo os salários, independentemente de o cara jogar o que sabe ou não, de se dedicar ou não. Culpa da difamada Lei Pelé, que abriu as portas para as negociatas e enforcou os clubes. Jogador de férias antes do término do campeonato? Não interessa se tem condições de jogo ou não. Ou é parte do grupo ou não é. Deveriam treinar e apoiar os companheiros todos os dias.
Temos um treinador que não conseguiu, em momento algum, definir o seu time. Alguém sabe o time titular do Flamengo? Já perguntei outras vezes isso, mas ainda continuo sem resposta. Enquanto ele teve o time que Joel Santana, mal ou bem, montou, conseguiu alguma coisa. Depois que perdeu algumas peças, Marcinho (na época, artilheiro), Souza (peça-chave do esquema do Joel, fazendo o papel de pivô que ninguém mais conseguiu fazer) e Renato Augusto (que nem vinha sendo muito utilizado por causa de uma série de contusões), perdeu-se também e não se encontrou mais. A saída de Souza condenou o esquema do Joel, mas Caio Jr. insistiu com ele, em vez de procurar um esquema próprio com as peças que tinha.
Alguém consegue explicar o porquê de se montar um time com Jaílton, Toró e Ayrton no meio-campo? Como pode pensar em ganhar assim? Pior ainda é ter este monte de cabeças-de-bagre (como o Fernando Calazans costuma chamas os cabeças-de-área) mais a zaga e tomar cinco golos em um único jogo. Seria cômico, não fosse trágico.
Agora, o técnico vai embora, um monte dos profissionais jogadores também e ficamos nós, os torcedores, sofrendo mais uma vez por conta de nossa paixão. Desiludidos aguardando a montagem de uma nova ilusão por esta diretoria que, no momento, está batendo cabeça, sem saber o que fazer. Resta-nos aguardar o novo técnico, o novo time (?) e pedir ao Papai Noel uma nova diretoria.
Mudando de assunto, estou zoando muitos amigos vascaínos por conta do rebaixamento, mas não queria que os caras caíssem por dois motivos: nosso estado ficou ainda mais enfraquecido na competição nacional, uma vez que somos apenas três, que é o mesmo número de times de São Paulo que subiram da segunda divisão; e, também, porque este rebaixamento tornou-se uma vitória política do Eurico Miranda, que vai usar este capítulo negro da história vascaína para tentar reaver sua posição no clube, coisa que o Dinamite não merecia. Bom, caíram. O negócio agora é zoar. O natal este ano não será bom. Ouvi dizer que o bacalhau é todo de segunda. Fazer o quê?
Magia Neles!!!

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