O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Festival do Rio - Dia 3

Qual é seu trabalho, papai?
Meu terceiro dia de Festival começou mal.
Não curto o cinema francês. Para ser sincero, não curto nem a língua. Mas sempre tento me surpreender e sempre assisto a um filme da França para tentar modificar minha opinião. Ainda não foi dessa vez.
Qual é seu trabalho, papai? conta a história do cienasta Hervé, que no meio da produção de seu novo filme pornô, percebe que seu filho pequeno está começando a andar. Nesse momento, sua companheira diz que ele precisa tomar uma decisão: ou continuar sua vida na pornografia ou se tornar uma figura paterna respeitável.
Uma ceninha engraçada aqui, outra ceninha engraçada ali e mais nada. O cara entra em crise por ser pai de duas crianças depois dos 40 anos. Causa estranhamento que essa crise só venha com o segundo filho. Enfim.
Nota 2

Mais sombrio que a meia-noite
O segundo filme foi mais interessante, ainda que não me tenha conquistado. Recebemos a visita do diretor italiano, Sebastiano Riso, que nos contou que só para escolher o protagonista foram milhares de testes e dois anos de trabalho. Valeu a pena, ele encontrou a figura frágil e de feições femininas que a personagem exigia na figura do ator Davide Capone.
O filme conta a trajetória de Davide, um garoto de 14 anos com feições bem femininas. Atormentado e reprimido pelo pai, ele decide fugir de casa e acaba por se juntar a um grupo de meninos que se reúne em busca de clientes e diversão em Villa Bellini, um parque da região da Catânia.
No início, ele se vê livre e aceito. Aos poucos, porém, as dificuldades e a crueldade da vida vão mostrando de forma dura o que é a realidade, destruindo sua inocência no processo.
O filme, sem dúvida, faz pensar passeando por temas como homossexualismo, exploração de menores, prostituição, pedofilia, conceito de família, intolerância, etc..
Vale o ingresso.
Nota 7

Annabelle
O terceiro filme foi o que mais gostei. Sempre fui fã do gênero terror e fazia tempo que não via algo que me agradasse. Não que seja uma obra-prima, pelo contrário, é recheado de clichês, mas cumpre bem o seu papel: assusta!
O filme conta a história de Annabelle, personagem que fez sucesso no filme Invocação do Mal, sendo um prelúdio. O filme é baseado em fatos reais: uma mãe, nos anos 70, deu de presente para sua filha uma boneca que se mexia sozinha e era possuída por um espírito. A boneca existe e está trancada em um museu em Connecticut, sendo visitada somente por um padre que vai abençoá-la duas vezes por mês.
A produção faz excelente uso da trilha sonora, da fotografia e do jogo de câmera, elementos importantes do gênero, para criar os momentos de tensão e os sustos, que muitas vezes ocorrem quando menos esperamos, o que é muito legal. Há os sustos fáceis, claro, mas mesmo eles divertem.
O grande barato de Annabelle é que nos remete aos filmes de terror clássicos, sem descambar para o terrir, coisa que eu detesto. Baseia-se menos em sangue e muito mais em tensão e medo.
Enfim, gostei muito!
Nota 8

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