O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Festival do Rio - Dia 1

Meu primeiro dia
Como sempre, não é possível, para mim, assistir à quantidade de filmes que gostaria no Festival do Rio. Só poderei ver filmes à noite e apenas em alguns dias, o que limitou minhas opções e escolhas. Hoje, segunda-feira, dia 29/09/2014, foi o meu primeiro dia e assisti a dois filmes.
Documentários nunca foram a minha praia, mas era o que tinha para hoje... e dois de uma vez!!! Vamos lá:

112 Casamentos
O primeiro filme a que assisti foi um belo começo. O documentarista Doug Block, para ganhar dinheiro, fazia, em paralelo aos seus documentários, vídeos de casamento. Vinte anos e mais de cem casamentos depois, resolveu revisitar seus casais preferidos e descobrir como estão.
Para ser sincero, adorei o filme. Nunca havia parado para pensar em como o “cara que faz a filmagem” tem acesso, tão de perto, a essas emoções especiais em um momento tão importante da vida de um casal. Ele realmente vivenciou momentos ímpares na vida de inúmeras pessoas, tornando-se a pessoa mais próxima e íntima durante um curto espaço de tempo.
Além de nos brindar com esses momentos mágicos de festa e felicidade, ele contrasta com a realidade da vida. Alguns deles bem comuns, com uma separação aqui ou um casal que vive bem com seus filhos ali. Mas há figuras preciosas também. Experiências que nos fazem pensar o quanto a vida pode ser imprevisível, mas também recompensadora.
Seus noventa e cinco minutos valem a pena.
Nota 8,5

Espetáculo: O julgamento de Pamela Smart
Segundo filme da primeira noite. Só posso dizer uma coisa: comecei bem o festival. Dois documentários e me surpreendi com ambos.
Espetáculo versa sobre o primeiro julgamento a ser totalmente televisionado, tornando-se o precursor dos reality shows. Um caso marcado pela dúvida, mas executado e finalizado como se fosse certeza.
O documentarista Jeremiah Zagar conta-nos a história de Pamela Smart, uma mulher que foi acusada de matar o marido com a ajuda de um adolescente de 16 anos, seu amante. Ela, ainda hoje, alega inocência.
A montagem é primorosa, intercalando cenas da época, cenas atuais e algumas cenas dos dois filmes que se inspiraram na história, dando um ritmo agradável aos seus cento e dois minutos. Desse modo, o documentário apresenta os fatos e os argumentos de maneira aprofundada, levantando questões sérias sobre o caso. Há indícios que condenam Pamela Smart, mas há muitos que a inocentam.
Senti que o documentário colocou-me na posição de jurado, o que foi muito legal, mas não consegui chegar a uma posição definitiva sobre o caso. Creio que a intenção de Zagar não fosse concluir se ela é culpada ou inocente, mas mostrar que ela foi mal condenada e que tem direito à apelação, pois há aqui a tão famosa reasonable doubt ou, traduzindo, dúvida razoável.
Gostei!
Nota 8

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