A
piada é um recurso humorístico que usamos no dia a dia para fazer graça e, constantemente,
crítica, satirizando fatos cotidianos e, muitas vezes, políticos. Não deve, ou
pelo menos não deveria, ser interpretada de forma literal, pois é preciso levar
em conta que o humor utiliza o exagero e o absurdo para provocar o riso.
Vivemos,
porém, um período complicado. O PT conseguiu nos deixar tão confusos que uma
piada, mesmo construída com muito exagero e extrapolando o absurdo, suscita
dúvidas se é fato ou chiste. Isso diz muito sobre o atual estado das coisas.
Cremos que qualquer coisa ruim é possível ao passo que qualquer coisa boa é
improvável. Perdemos a noção do limite do que é ou não nonsense em se tratando dos nossos políticos, sejam situação, sejam
oposição.
Mais
ainda, virou moda! Pois aqueles que se colocam contra o PT, bradando que
defendem a moral e os bons costumes, utilizam-se das mesmas armas, como
mentiras e manipulações, a acabam se tornando tão vilões quanto aqueles que
antagonizam. A vilania é, assim, tão somente uma questão de perspectiva. Mesmo
que usem argumentos válidos, fazem de maneira errada. Afirmam sem provar.
Apenas criam bate-boca com o indigno intuito de manipular opiniões. É pouco. O
pior? Estamos acostumados com esse pouco.
O
que é piada? O que é verdade? O que é fato? O que é falácia? O que é
manipulação? Fica difícil, hoje em dia, saber quem fala A verdade e quem faz uso
de “verdades”, inventadas ou não. Isso diz tudo sobre nossa situação. Esperamos
qualquer absurdo. Estamos tão confusos que não sabemos o que fazer ou a quem
seguir e, assim, somos presas ainda mais fáceis.
Estou
cansado de ouvir dizer que a culpa é nossa, que não sabemos votar. A culpa é
nossa porque deixamos chegar onde chegou, sim. Mas não sabemos votar? Votar em
quem? Não acredito mais no voto, uma vez que o sistema é viciado e corrupto.
Não importa em quem você vota, o resultado é o mesmo. São todos iguais! Lulas, Fernandos,
Aécios, Dilmas, Marinas, Malufs, Maias, Serras, Cabrais, Alkmins, Garotinhos,
Pezões, Malafaias, Bolsonaros e tantos outros. Todos iguais, todos
manipuladores. Não há direita ou esquerda, há politicagem. Como dizia Bezerra
da Silva, “não sobra um, meu irmão!”. É só gritar!
Estamos
presos a um sistema viciado que chamamos de Estado; que é lindo na teoria, mas,
na prática, desprovido de ideologia, pois aqueles que “nos representam”
preocupam-se apenas com o “vem a nós”. Ao vosso reino? Nada! Votam leis que os
favorecem e nos deixam cada vez mais presos e impotentes. Jogam migalhas ao
povão para comprar votos que os sustentam na mamata, enquanto a classe média
sustenta essa farra. O problema é que essa classe está esfacelando, uma vez que
abusaram demais de uma máquina outrora azeitada. Roubaram tanto que o dinheiro
sumiu. O país hoje é classe alta, classe baixa e milhões de miseráveis.
Caminhamos
a passos largos e acelerados a uma implosão social. Não há educação, não há
saúde, não há segurança, não há previdência e, por conseguinte, não há futuro.
A inflação começa a galopar, o desemprego cresce geometricamente, empresas
estão quebrando, faculdades fechando, pessoas morrendo nos hospitais e nas
ruas. E qual a solução do atual governo? Mais impostos e mais Estado. Mais?
Como isso pode ser remotamente lógico? Como a causa pode ser solução?
E qual
a solução? Com certeza, menos impostos e bem menos Estado. Menos Brasília e
mais Brasil. Na verdade, a pergunta não é essa. Sabemos a solução, sabemos o
que seria o ideal. A pergunta é: como fazer? Como fugir das amarras que os
nossos legisladores meteram-nos? Parafraseando o Barão Vermelho, “declare
guerra a quem finge te amar e chega de passar a mão na cabeça de quem te
engana, rouba e sacaneia”. Não interessa quem votou na Dilma ou quem votou no
Aécio. A merda está aí. Estamos cada vez mais atolados. Tenho a plena convicção
que somente nós podemos fazer algo. Juntos. Falta-nos, porém, como povo,
coragem e determinação para realmente mudarmos. Somos. afinal, os passivos do
absurdo.
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