O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A era do absurdo

A piada é um recurso humorístico que usamos no dia a dia para fazer graça e, constantemente, crítica, satirizando fatos cotidianos e, muitas vezes, políticos. Não deve, ou pelo menos não deveria, ser interpretada de forma literal, pois é preciso levar em conta que o humor utiliza o exagero e o absurdo para provocar o riso.

Vivemos, porém, um período complicado. O PT conseguiu nos deixar tão confusos que uma piada, mesmo construída com muito exagero e extrapolando o absurdo, suscita dúvidas se é fato ou chiste. Isso diz muito sobre o atual estado das coisas. Cremos que qualquer coisa ruim é possível ao passo que qualquer coisa boa é improvável. Perdemos a noção do limite do que é ou não nonsense em se tratando dos nossos políticos, sejam situação, sejam oposição.

Mais ainda, virou moda! Pois aqueles que se colocam contra o PT, bradando que defendem a moral e os bons costumes, utilizam-se das mesmas armas, como mentiras e manipulações, a acabam se tornando tão vilões quanto aqueles que antagonizam. A vilania é, assim, tão somente uma questão de perspectiva. Mesmo que usem argumentos válidos, fazem de maneira errada. Afirmam sem provar. Apenas criam bate-boca com o indigno intuito de manipular opiniões. É pouco. O pior? Estamos acostumados com esse pouco.

O que é piada? O que é verdade? O que é fato? O que é falácia? O que é manipulação? Fica difícil, hoje em dia, saber quem fala A verdade e quem faz uso de “verdades”, inventadas ou não. Isso diz tudo sobre nossa situação. Esperamos qualquer absurdo. Estamos tão confusos que não sabemos o que fazer ou a quem seguir e, assim, somos presas ainda mais fáceis.

Estou cansado de ouvir dizer que a culpa é nossa, que não sabemos votar. A culpa é nossa porque deixamos chegar onde chegou, sim. Mas não sabemos votar? Votar em quem? Não acredito mais no voto, uma vez que o sistema é viciado e corrupto. Não importa em quem você vota, o resultado é o mesmo. São todos iguais! Lulas, Fernandos, Aécios, Dilmas, Marinas, Malufs, Maias, Serras, Cabrais, Alkmins, Garotinhos, Pezões, Malafaias, Bolsonaros e tantos outros. Todos iguais, todos manipuladores. Não há direita ou esquerda, há politicagem. Como dizia Bezerra da Silva, “não sobra um, meu irmão!”. É só gritar!

Estamos presos a um sistema viciado que chamamos de Estado; que é lindo na teoria, mas, na prática, desprovido de ideologia, pois aqueles que “nos representam” preocupam-se apenas com o “vem a nós”. Ao vosso reino? Nada! Votam leis que os favorecem e nos deixam cada vez mais presos e impotentes. Jogam migalhas ao povão para comprar votos que os sustentam na mamata, enquanto a classe média sustenta essa farra. O problema é que essa classe está esfacelando, uma vez que abusaram demais de uma máquina outrora azeitada. Roubaram tanto que o dinheiro sumiu. O país hoje é classe alta, classe baixa e milhões de miseráveis.

Caminhamos a passos largos e acelerados a uma implosão social. Não há educação, não há saúde, não há segurança, não há previdência e, por conseguinte, não há futuro. A inflação começa a galopar, o desemprego cresce geometricamente, empresas estão quebrando, faculdades fechando, pessoas morrendo nos hospitais e nas ruas. E qual a solução do atual governo? Mais impostos e mais Estado. Mais? Como isso pode ser remotamente lógico? Como a causa pode ser solução?


E qual a solução? Com certeza, menos impostos e bem menos Estado. Menos Brasília e mais Brasil. Na verdade, a pergunta não é essa. Sabemos a solução, sabemos o que seria o ideal. A pergunta é: como fazer? Como fugir das amarras que os nossos legisladores meteram-nos? Parafraseando o Barão Vermelho, “declare guerra a quem finge te amar e chega de passar a mão na cabeça de quem te engana, rouba e sacaneia”. Não interessa quem votou na Dilma ou quem votou no Aécio. A merda está aí. Estamos cada vez mais atolados. Tenho a plena convicção que somente nós podemos fazer algo. Juntos. Falta-nos, porém, como povo, coragem e determinação para realmente mudarmos. Somos. afinal, os passivos do absurdo.

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