A
gente chega a um ponto na vida em que percebe que ela é nada do que a gente
imaginava. Ela ensina que o que aprendemos é pouco e que esse pouco, quase
sempre, é relativo. São tantas variáveis, tantas maneiras de se interpretar.
Como diriam os mais jovens, a vida trolla
a gente, sem dó, piedade ou compaixão. A vida é impessoal e não está nem aí.

Os
tombos foram tantos. As cicatrizes, profundas e feias, são eternos avisos de “perigo”,
“não confie”, “você se decepcionará de novo”, “essa pessoa vai te sacanear” e
por aí vai. Fica difícil, quase impossível, abrir-se de novo. Resultado: você
se convence de que fica melhor sozinho. Mas a solidão chega e, por mais que
você não queira admitir, sente falta de um alguém que possa ouvir e falar sem falsos
pudores, que se importe com você e não com as coisas que fez.

Há
um porém. Ela também é igual a você. Precisa das mesmas coisas. Sente-se
sozinha e não gosta disso. Também tem dúvidas. Aí, você a vê com alguém e pensa
que ela é volúvel, que não o quer de verdade e você se decepciona, mas não por
causa dela, decepciona-se por causa das experiências passadas que o levam a
julgar da maneira que não queria ser julgado.
Alguns
conseguem criar um casulo e afastar todos e tudo. Ficam totalmente sozinhos,
mesmo se machucando no processo. Outros não conseguem ficar sozinhos e pulam de
relacionamento em relacionamento na vã esperança de encontrar aquela pessoa,
que ela sabe quem é, mas que demora tanto que a enche de incertezas.

A
vida é o jogo, o amor é o risco e ser feliz é o prêmio. Muitas vezes, nessa
loteria, faremos alguns pontos ou ponto nenhum. Em alguns momentos, ficaremos a
um ponto da premiação máxima. Mas, com muita insistência e alguma ventura,
podemos tirar a sorte grande. É necessário arriscar. Vamos jogar!
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