O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

domingo, 1 de agosto de 2010

Simetria


Vou contar uma coisa que pouca gente sabe e só vou contar porque a figura principal da história é o maior ídolo esportivo que eu tenho, ao lado apenas de Ayrton Senna. Para mim, não existe Pelé e, muito menos, Maradona, quando se fala em futebol. Estou, porém, adiantando-me. Vamos do início.

A história começa em mil, novecentos e setenta e tal. Eu, um menino novinho, com um pai vascaíno que nunca ligou para futebol e do qual recebi as paixões pelo cinema e pelos quadrinhos – mas isso é outra história. Apareceu, então, meu tio Peck, um pernambucano da pacata e distinta cidade de Panelas, no interiorzão de Pernambuco, que veio para o Rio e se tornou um apaixonado torcedor do Botafogo. Eu e meus irmãos éramos vidrados neste tio, o mais novo dos vinte e seis filhos do meu avô materno. Um dos caras mais bacanas que conheci e o tio mais presente.

Além dele, uma amiga de trabalho da minha mãe, a Dra. Márcia, a botafoguense mais fanática que já vi (afinal, torcedor fanático do alvinegro é raro) e a primeira mulher que eu conheci a discutir futebol de igual para igual com o mais entendido dos entendidos do esporte bretão, fez de tudo, junto com ele, para me transformar em um torcedor do time do estádio “Vazião”.

O fato é que quase conseguiram. Levaram-me a jogos, cantavam-me hinos e me faziam torcer pelo time deles. Não esperavam, porém, que eu fosse resgatado de destino tão cruel e sofredor. O Salvador veio de Quintino e foi ele, com uma ligeira ajuda do Capacete, que fez de mim o mais que apaixonado CIDADÃO RUBRO-NEGRO. O Galinho, meu ídolo maior do futebol (e o de muita e muita gente), fisgou o meu coração para o FLAMENGO.

O que me impressiona é que não dá para dissociar a imagem do Zico da imagem do Flamengo. Elas se confundem. SEMPRE!!! São simétricas. Não há quem tenha a mesma interação. O único que chega próximo é o Mestre Junior. Não existe presidente, diretor, técnico ou jogador com a mesma identificação. Representante maior de uma imensa Nação!

Devo a este cara todas as emoções que tive ao longo dessas três décadas de amor rubro-negro.  Um cara que sempre suou sangue vermelho e preto. Que nunca se disse de outro time, mesmo quando trabalhou para tantos outros depois. Um cara que respira Flamengo, mesmo estando do outro lado do mundo.

A primeira coisa que fiz quando cheguei ao Magia foi ir ao encontro que o Moraes promoveu com o nosso ídolo. Pessoas, tremi na base quando o Justino e o Holanda pediram-me para fazer este “serviço”. “Você topa?”, perguntaram. “É claro!”, respondi. Larguei o escritório e saí correndo para o encontro, sem conseguir arranjar uma câmera fotográfica.

Lá, vi o Galinho receber mais de cinquenta pessoas com um sorriso estampado no rosto durante horas. Assinou tudo o que colocaram na mão dele: camisas, bonés, revistas, livros, faixas e uma infinidade de coisas. Tirou inúmeras fotos e atendeu cada um dos seus fãs. Um rapaz de quase dois metros de altura veio da Bahia para este encontro. Quando viu o Galinho, começou a chorar. Quando viu, Zico deu um tapinha no ombro dele e disse: “Tá chorando por quê, cara? Isso aqui é Flamengo, é só alegria.”. Galera, a gente estava no CFZ e ele disse que aquilo ali era Flamengo. Se eu já o admirava, imaginem a partir daquele momento.

É O cara da história do mais querido. Um homem honrado que sempre transbordou confiança e inteligência por onde passou. O que ele fizer pelo clube, assino embaixo. Por mais que digam coisas contra ele e inventem crises que não existem. Confio plenamente nele e sigo esperançoso de um futuro melhor para a nossa Nação.

MAGIA NELES!!!
EQUIPE
Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

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