Dois a zero foi pouco. Não pelo primeiro tempo, que chegou a me deixar apreensivo porque o Flamengo dominava, mas dava espaços para o pó-de-arroz levar perigo. Porém, voltamos para o segundo tempo com o Willians no lugar do Dênis Marques e mudamos a história do jogo. O Dênis parecia perdido em campo, inoperante, e eu cheguei à conclusão que ele não consegue achar um lugar quando o Adriano está no time.
O Flu não viu a cor da bola no segundo tempo e, por isso, digo que dois a zero foi pouco. Estão chorando um pênalti não marcado, mas esquecem que também tivemos um que não foi assinalado. A verdade é que eles pareciam um bando em campo, sem conseguir organizar uma única jogada que não fosse na base do chutão. O Cristo da vez é o Fabinho, pois até o Cuca jogou-o no fogo, dizendo que o jogador não escutou a ele e aos companheiros. “Ah, coitado!”
Adriano vem provando que o investimento nele valeu a pena: é o artilheiro isolado da competição e é dono de quase quarenta por cento dos golos do Mengão no certame. Fazia tempo que não brigávamos pela artilharia do brasileirão. É para sentir orgulho ou não é?
Mas não é só isso que o Adriano vem fazendo pelo Flamengo. Sua grande fase vem recuperando jogadores que estavam em baixa, como Zé Roberto e Leonardo Moura, que estão gradativamente reencontrando o futebol deles. O primeiro foi peça fundamental do jogo de ontem ao lado do grande Pet.
O velho Tromba vem conseguindo dar consistência à equipe e alegrias à nossa Nação. Por falar nela, que show a torcida deu ontem. Na arquibancada, foi goleada histórica. Não tem para ninguém! Showzaço sem igual.
Parece que o caixão está fechado para o clube das Laranjeiras. O melhor é começar o planejamento para sair do buraco (e que buraco!). Venhamos e convenhamos: eles terão a chance de provar que poderiam sair da segunda divisão sem artifícios, como o convite para participar da tal Copa João Havelange. Estão voltando para o lugar certo, pois precisam sair de lá por mérito próprio, como saíram da terceira divisão.
É um histórico invejável. Foram rebaixados em 96, viraram a mesa e disputaram o campeonato de 97 na primeira divisão, apenas para serem rebaixados de novo. Tomaram vergonha e disputaram a segunda divisão em 98… e foram rebaixados para a terceira! Disputaram a terceirona em 99 e foram campeões com muito orgulho (?!?), afinal foram campeões brasileiros. Em 2000, entretanto, não disputaram a segundona, pois foram convidados a participar da Copa JH, organizada pelo Clube dos 13. Em 2001, quando a CBF reassumiu, fez vista grossa e deixou o Fluminense na elite do futebol nacional.
Vale lembrar que o prefixo re- de rebaixar tem a acepção de “retrocesso, retorno, recuo”, mas também existe o prefixo re- para dar a acepção de “repetição, iteração”. Assim, a palavra que define bem o pó-de-arroz é rerebaixado. Que posso fazer? Só lamento!
Só sei que já somos o sexto colocado, que estamos a seis jogos sem levar um gol e que marcamos onze golos nestes mesmos jogos. Estamos chegando e ganhando moral. O objetivo é chegar ao G4, mas, se continuarmos neste ritmo, podemos sonhar até com mais. Creio que a Magia voltou!
Magia Neles!!!
Equipe Magia Rubro Negra
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Um comentário:
Pô, que secação hein!
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