O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

domingo, 30 de agosto de 2009

Espalhe!!!

Vamos fazer milhões deste adesivo e colocar em todos os carros do país?

DEPOIMENTOS: 2. Osmar

DEPOIMENTOS: 2. Osmar

Nasci nos anos 30. Bom, no final dos anos 30. Estamos em 2008 e farei sessenta e nove anos. Faça as contas. Se acha que sou velho, vá à puta que o pariu. Sou um jovem sexagenário. Está bem! Quase septuagenário. Mas há de convir que sessenta e nove anos é uma idade cabalística. Não? É que eu adoro este número. Adoro, pratico e não preciso de Viagra não. Isso é coisa de viado brocha. Não fico tomando remedinho, não tenho problema de pressão e nem diabetes. Sou saudável e estou na pista para comer qualquer cocotinha que curta dar para um coroa enxuto.

Meu nome é Osmar. Não gosto de apelidos. Se vier com diminutivos pra cima de mim, mando tomar no cu sem o menor pudor. Portanto, não faça. Não quero parecer desbocado, mas, quando preciso, não seguro a língua. E, apesar de não ser velho, tenho idade suficiente para ter um vasto vocabulário, tanto chulo quanto culto.

Nasci e cresci numa família como qualquer outra deste país: duro, fodido e ralando todos os dias. Comecei a trabalhar aos treze anos de idade. Ia para a feira carregar sacola para as madames, usava uma caixinha de engraxate para ganhar uns trocados de alguns cavalheiros, ajudava na montagem de circos, entregava jornais. Meu pai, entretanto, não permitia nunca que eu abandonasse os estudos. Estudei em um bom colégio público, coisa que existia na época, e em uma boa faculdade pública também, coisa que ainda existe, mas não é para qualquer um, por incrível que pareça, hoje em dia, é para os mais abastados.

Formei-me em matemática. Adoro tudo que se relacione a ela. O raciocínio é algo que me fascina. Pena que as pessoas pensem que matemática é apenas fazer contas. Pior ainda é ver a dificuldade que as pessoas que acham isso têm em fazê-las. Fui professor em uma época na qual era nobre ser um educador. Quando o respeito era algo quase palpável, quando o mestre era aquele que estava um degrau acima e não era parceirinho de ninguém e nem tinha medo de ser mandado embora porque o colégio tem medo de perder o aluno.

Mas estou adiantando-me. Cheguei lá graças ao esforço do meu pai. Ele, um homem simples e humilde, que trabalhava muito para não deixar nada faltar, sempre exigiu que eu me dedicasse aos estudos. Nunca foi ausente, sempre ao meu lado, aconselhando, ajudando no que pudesse. Sacrificando-se para comprar um livro, um compasso ou outra ferramenta que eu necessitasse. O dinheiro que eu ganhava com meus biscates, segundo ele, era para mim. Qualquer coisa que eu precisasse era obrigação dele. Só que eu não era de farras. Gostava de passear, mas não gostava de deixá-lo só. Ele havia perdido a esposa quando eu ainda era um meninote, tão novo que não consigo lembrar-me dela. Não era justo sair para a esbórnia enquanto ele ficava sozinho em casa. Eu ainda não era hedonista. Assim, usava meu dinheiro para comprar livros que líamos quase sempre juntos e guardava o resto.

Concordo que não foi uma infância comum, mas foi muito melhor que muitas que vi em minha vida. Muito melhor que a do meu neto, por exemplo. Um viadinho maconheiro que não quer porra alguma da vida. Trinta e poucos anos e ainda vivendo embaixo da saia da mamãe. Bom, estou adiantando-me de novo.

Os anos levaram meu pai, mas não antes de me ver casado e com um filho. Ele não teve muito tempo para fruir a companhia do neto, mas aproveitou todo o tempo que teve. Havia orgulho em seu olhar quando via o menino e não cansava de dizer que parecia estar vendo o próprio filho pequeno de novo. A alegria que eu sentia nestes momentos não tinha limites.

Meu filho era um menino ativo e inteligente. Conquistava a todos com sua simpatia e seus sorrisos constantes. Eu lecionava em poucas escolas e quase todas públicas. A única particular era uma das mais caras do estado. E foi lá que meu filho foi estudar. Com bolsa de filho de professor, claro. Sua inteligência valia-lhe boas notas e destaques na escola, mas sempre na área de humanas. Suas notas na área de exatas eram no máximo regulares. Casa de ferreiro, espeto de pau. É clichê, mas eu sou matemático e não escritor.

Pode parecer estranho, mas não ficava triste por causa disso. Orgulhava-me em ver meu filho saindo-se bem na escola, com destaques nas feiras de ciências, nas artes cênicas e nos esportes. Era todo um mundo novo que ele me descortinava e eu adorava. Procurava participar de sua vida o máximo que podia e o incentivava em todos os seus projetos.

Logo que começou a faculdade de biologia, começou a namorar uma menina. Antes do final do curso, já estava casado e com um filho. Trabalhava dando aulas de inglês e espanhol nos mesmos cursos em que se formou e ganhava um dinheiro razoável, pelo menos o suficiente para sustentar sua família. Não pretendia continuar lecionando. Sonhava em ser biólogo marinho. Não conseguiu chegar lá. No dia da formatura, estávamos esperando sua mãe chegar do trabalho e ele resolveu buscá-la para economizar tempo. Na volta, um acidente tirou-me meu filho e me deixou viúvo. Quase enlouqueci. Amava minha mulher, mas meu menino era tudo para mim. Nenhum pai deveria passar por isso. Foge à ordem natural das coisas e dói mais que qualquer outra perda que você tenha. Sofri quando meu pai morreu, sofri pela minha mulher, mas a perda do meu filho foi, sem dúvida, a dor mais pungente e mais cáustica que já senti.

O golpe foi grande e me mudou demais. Comecei a ter oscilações de humor. Fiquei mais agressivo e mais impaciente. Minha nora foi muito paciente comigo e, apesar de todo o seu sofrer, consolava-me e me lembrava que eu tinha um neto que precisava da minha atenção. Aos poucos, fui transferindo meus sentimentos para aquele menino, sonhava que ele poderia ser igual ao pai e, confesso, até exigia isso dele. Porra nenhuma! O moleque nem de longe lembrava o pai. Era todo manhoso, cheio de frescuras e não-me-toques. Não gostava de esportes. Vivia gripado ou alérgico ou sei lá o quê. Sempre grudado na barra da saia da mãe, chorava por qualquer coisinha.

Fiz um esforço soberbo para me acostumar com isso. Só na escola consegui sentir algum orgulho. O garoto adorava matemática e era realmente bom nisso. Coloquei-o em diversas olimpíadas e ele venceu algumas. Comecei a me animar novamente. Até o dia que o flagramos, adolescente, no quarto transando com um coleguinha de estudo. Puta que o pariu! Eu lá tive neto para dar a bunda por aí? Dei-lhe muita porrada e proibi um monte de coisas, como sair ou estudar com amiguinhos no quarto. Mas não adiantou, viado quando está afim de dar, ninguém segura. A mãe, como sempre, ficou do lado dele, o que nos levou a uma briga terrível. Acabei esquecendo que tinha um neto e não fazia a menor questão de ter uma neta, pelo menos não desse tipo.

Tornei-me um ermitão. Vivia de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Era estranho para uns, excêntrico para outros. Um dia, na escola, aquela dos ricaços, percebi que uma aluna provocava-me com olhares e expressões. Era comum esse assédio das meninas, já estava acostumado com isso. Sempre consegui contornar estas situações, mas esta garota era diferente. Havia uma sensualidade enorme nela. Uma Lolita clássica. Flertávamos discretamente no início. As brincadeiras começaram a ficar mais ousadas depois e já chamavam alguma atenção e geravam alguns comentários.

No último dia de aula daquele ano, a menina resolveu mandar um bilhete convidando-me para sair, deixando o número do seu telefone. Senti-me um garoto. Não sabia o que fazer com aquilo. Rasgava e jogava fora? Guardava e ligava? Fiquei cinco dias neste dilema e acabei ligando. Fomos assistir a um filme do Sean Connery, mas não lembro coisa alguma dele. Ela não me deixou olhar para a tela, beijou-me, agarrou-me de tal forma que eu fiquei louco. Quase no fim da sessão, ela me pediu que a levasse a um motel. É claro que a levei. Foram horas maravilhosas. Aquela menina era uma mulher feita. Deu-me um prazer incomensurável.

Engatamos um romance durante as férias escolares e conseguimos manter segredo durante um tempo. Mas os pais dela descobriram e aí fodeu de vez. A sorte é que os pais ricos, membros da alta sociedade, não queriam escândalo. Não tomaram atitude alguma grave. Entretanto, conseguiram minha cabeça na escola. Perdi um emprego maravilhoso de anos e anos. Perdi quase cinqüenta por cento da minha renda. Que trepada cara do caralho! Mas valeu a pena, se quer saber. Não me arrependi nem um pouco que seja.

Claro que fiquei um tempo meio mal, triste por perder a garota, por perder o emprego, mas, logo, percebi que não havia motivo para pânico. A informática havia chegado para salvar a minha vida. Muitos programadores que sabiam maravilhas sobre programação, mas pouco de matemática, começaram a solicitar meus serviços. Fora isso, o principal, garotas a rodo querendo um cara maduro e experiente. Foi aqui que comecei minha fase hedonista.

O prazer é o bem supremo, todo o resto é efêmero. Descobri que nosso comportamento é motivado pelo desejo de prazer e pelo de evitar o desprazer. Mas não pensem que se trata apenas de sexo. É o prazer de uma boa leitura, de degustar um bom vinho ou uma boa comida, de curtir uma viagem, de ver um filme de rosto colado ou de braço dado e, é claro, de namorar pelado.

Meu neto, por exemplo, é hedonista sem saber. Só que ele tem prazer pelo lado errado. Está sempre de costas para o prazer. Mas isso não vem ao caso. É pura implicância e preconceito meu. Mas, porra, viado é sempre bonitinho e legal quando é filho ou neto dos outros. O cara quando é liberal, cabeça aberta, ou é por adesão ou é por distância. Nunca vi homem algum dizer: “Meu filho é homossexual. Que orgulho! O namorado dele é lindo e divertido.”. Já viu alguém assim? Eu, nunca!

No fundo, o meu problema é frustração. Meu filho querido foi-se. Deixou-me um neto que poderia ser a continuação de nossa família, mas que, pelo andar da carruagem, não terá um filho em momento algum da sua vida. Não há nada pior na vida que inverter a ordem natural das coisas. Um pai jamais deveria enterrar um filho. Jamais. Assim como um homem nunca deveria dar a bunda. Tenho dito!

DEPOIMENTOS: 1. Teco

DEPOIMENTOS: 1. Teco

Meu nome é Teco. Quer dizer, não é o meu nome, mas é assim que gosto de ser conhecido e chamado. Tenho trinta e três anos. Minha mãe não se esquece de me lembrar que esta é a idade do Cristo. Não sei se ela faz isto na esperança de que eu expie meus pecados ou porque sonha em me ver crucificado. É verdade. Digamos que não sou o filho que ela sonhou. Quer saber o porquê? Bom, vou contar a minha história.

Eu vim para este mundo na casa de uma família cristã, não como a maioria das famílias cristãs deste país, mas uma daquelas fervorosas, que vive professando sua fé e tentando converter a todos. Pode parecer ruim, mas não é tanto quanto parece. Meus pais sempre foram muito justos, nunca me bateram, nem em mim, nem em meu irmão, embora fossem rígidos em sua maneira de educar. Sempre fizeram questão que estudássemos em uma boa escola, embora isso exigisse um grande sacrifício financeiro.

A relação com eles era ótima, muito amor, muita atenção e muito cuidado. Nada disso, porém, evitou que eu caísse em desgraça aos olhos deles. Eu tinha quatorze anos quando aconteceu. Estava descobrindo minha sexualidade, hormônios à flor-da-pele. Tudo era novidade, até porque sexo era tabu na nossa casa, nunca esteve em pauta. Pois bem, nessa época, meu irmão estava prestando o serviço militar obrigatório e fez muitas novas amizades, mas uma em especial. Este amigo começou a freqüentar nossa casa e, sem demora, passou a ser natural que ele dormisse lá depois das saídas que davam. Não vou entrar em detalhes de como aconteceu ou de como era. Isto não é um relato de experiências sexuais. O fato é que começamos a transar. Fui seduzido pelo amigo do meu irmão e me deixei levar. Fazíamos sempre que encontrávamos uma brecha. Acho que, com o tempo, ficamos mais seguros e, por conseguinte, mais descuidados, o que nos levou ao flagrante dado por meus pais.

Foi uma confusão dos diabos. Meu irmão brigou com o amigo, chegando às vias de fato em pleno quartel. Acabaram presos. O assunto deixou de ser um problema familiar e, rapidamente, todos os amigos e conhecidos da família, em sua grande maioria, irmãos da Igreja, ficaram sabendo do motivo da briga. Quando não o todo, as piores partes. Meus pais culparam meu irmão pelo que eu fiz e ele culpou o amigo. Ninguém quis saber se eu havia querido ou não. Eu era uma criança e aquilo nunca deveria ter acontecido. Eu era uma vítima e meu irmão e seu amigo eram predadores cheios de pecado. Todos achavam isto, menos eu. Só que isso não importava. O que interessava era que a família perfeita havia quebrado e não havia cola no mundo que juntasse os cacos.

Numa noite de desespero, peguei um vidro de calmantes e engoli. Passei muito mal e apaguei. Acordei no hospital. Não sei o que houve e ninguém quis me dizer. Só que eu estava melhor e que cuidariam de mim. Preferiram fingir que não foi uma tentativa de suicídio, mas um terrível acidente.

O tempo foi passando e meus pais começaram a cobrar que eu apresentasse uma namorada. Faziam questão que eu conhecesse as meninas da Igreja. E, embora tivesse me tornado motivo de piada para os garotos da minha idade, que me chamavam por diversos nomes, como pão-doce, menininha ou mesmo viadinho, as meninas de lá eram loucas para salvar minha alma. O problema é que, mesmo não tendo nada de afeminado, eu não conseguia interessar-me por elas. Era fácil ser amigo delas, mas não rolava uma atração. Dediquei-me aos estudos e passei a adolescência vigiado e controlado.

Completei dezoito anos e comecei a faculdade de direito. Era um mundo novo, cheio de novidades. Exigia uma boa dedicação aos estudos, mas fornecia experiências novas e a convivência com os mais diversos tipos de pessoas. Foi lá que provei a maconha, o álcool, os beijos masculinos e femininos, o sexo heterossexual, homossexual e bissexual. Experimentei o sexo a dois, a três e, até mesmo, maravilhosas orgias. Foi numa dessas que a casa caiu pela segunda vez. Estávamos na mansão de um dos abastados da turma, fazendo uma daquelas orgias regadas a álcool e muita maconha, quando a polícia apareceu e levou todo mundo preso. Não houve conversa ou propina que desse jeito. Havíamos sido alvo de uma denúncia de um pessoal da faculdade que era da TFP, uma organização católica tradicionalista e conservadora.

Minha família comeu o pão que o diabo amassou com essa. Escutaram dos católicos que era assim que os cristãos não-católicos agiam: freqüentando a Igreja, apregoando a moral e os bons costumes, mas participando de eventos sexuais dirigidos pelo demônio. Eu não era mais a vítima. Pelo menos não dos homens. Estava possuído pelo capeta. Precisava de tratamento e de exorcismo. Não me reconheciam mais. Da noite para o dia, ou pior, de um minuto para outro, tornei-me um monstro maior que qualquer outro que já tinha ouvido falar.

A repercussão foi enorme, a vergonha foi tanta, a humilhação foi tamanha que não tive forças para levantar o queixo por muito e muito tempo. Sentia-me o pior dos homens. Tinha feito as piores coisas que um ser humano poderia fazer. Merecia todo e qualquer castigo, uma vez que havia desapontado meus pais, amigos e familiares. Eu ia à Igreja e rezava todos os dias para que Deus fizesse que eu fosse homem de verdade. Que me apaixonasse por uma garota e que todos se orgulhassem de mim.

O fato é que enrusti todos os meus desejos. Conheci uma menina na Igreja e, mesmo sem amá-la, na ânsia de ser aceito, casei-me com ela. Tivemos dois lindos filhos, um menino e uma menina. Minha esposa era uma santa. Moça de família, muito religiosa, que cuidava da casa e da família com todo afinco. Fazíamos sexo esporádico e tradicional. Terminei minha faculdade e consegui um emprego num bom escritório. Era um homem de verdade, respeitável e pai de família. Meus pais estavam orgulhosos. Os amigos da Igreja fingiam não saber de meu passado pregresso. Afinal, eu estava no caminho da salvação e ninguém queria sentir-se culpado por conta de piadas maldosas.

Tudo estava maravilhoso, pelo menos para os outros. Para mim, a vida passava. A única satisfação era saber que as pessoas sentiam orgulho de mim. Entretanto, sentia-me vazio, vivendo uma vida que não era minha e da qual não havia fuga. Até o dia que a casa caiu pela terceira vez. E, desta vez, a culpa não foi minha. Passei mal no trabalho e fui para casa. Ao chegar lá, cena clássica de novela ou drama cinematográfico: minha mulher, de quatro em cima da nossa cama, com outro homem montado nela. Mas isso não foi o pior. Quando me viu, começou a gritar e a me xingar de babaca, de corno e de viado. Que eu não a satisfazia e que, provavelmente, ao ver aquela cena, o que eu sentia era vontade de estar no lugar dela. Perdi a cabeça. Parti para cima dos dois e dei muita porrada neles.

Descontrolei-me de tal forma que os dois foram parar no hospital.

Não deu cadeia, mas este seria o menor dos males. Mais uma vez, todos souberam de tudo. A culpa era minha, pois não dava amor à minha mulher. Engraçado como, nessa hora, o sexo virava amor. Eu não era homem o suficiente. Continuava o mesmo viadinho de sempre. Minha família ficou contra mim, meu casamento acabou e minha ex-mulher levou meus filhos. Eu fiquei tão mal que pedi as contas do meu trabalho e resolvi sumir por uns tempos. Arranjei umas doses de cocaína e cheirei até chegar a uma overdose ou assim pensei. Fiquei hospitalizado por um tempo, mas não demorou a estar “recuperado”.

Saí do meu estado e fui morar no Rio de Janeiro. Fiquei um tempo pensando na vida, sem saber o que fazer. Procurei um novo emprego e consegui, por meio de indicação, trabalhar em outro grande escritório. Fiz novas amizades, mas sem me abrir muito. Minha vida social era mínima. Não tinha ânimo para festas ou coisa parecida. Trabalhava e ia para casa. Um cineminha de vez em quando.

Até que conheci um alguém. Era um estagiário que veio trabalhar em nosso escritório. Ele tinha apenas vinte e dois anos e eu já estava com trinta. Mas era um menino perspicaz. Percebeu rápido qual era a minha e não me deixou escapar. Foram ótimos momentos, muito sexo e muito carinho. Entretanto, como para a maioria dos meninos da idade dele, os relacionamentos duram enquanto dura a novidade, é apenas tesão e sexo. Não resiste ao tempo. Só que, a essa altura, eu já estava enturmado. Já conhecia as boates boas e muita gente como eu. Ia a lugares de pura cultura, Teatro, Cinema, Shows, livrarias com saraus poéticos. Reencontrei a maconha e o sexo eventual. Trabalhava mais feliz. Fiquei mais seguro de mim mesmo.

Só que isso não durou muito tempo. Pessoas como eu, homossexuais, bissexuais, viados, bichas ou qualquer nome que você queira chamar, reclamam da discriminação, do preconceito, mas são os primeiros a marginalizar quem não se enquadra em seus padrões. Eu estava velho, não tinha mais apelo. Não que fosse feio ou tivesse um corpo horroroso, apenas não era um Apolo sarado de academia. Sei disso porque disseram na minha cara, mas até agora não consegui entender como fiquei tão envelhecido em tão pouco tempo.

Resumo da história: tenho trinta e três anos, vivo só e, na maior parte do tempo, infeliz. Não sei de deixei minha infelicidade transparecer e se foi isso que me tornou um pária entre aqueles que buscam o mesmo que eu. Tudo o que eu queria era alguém para completar o meu mundo, que me fizesse feliz como jamais fui. Estou chegando à conclusão que não nasci para isso. Que a felicidade é para quem foi destinado a ela. Será que os meus pecados levaram-me a isso? Que fui condenado à danação eterna?

Mas que puta misericórdia divina é essa que me condena por ser quem ou o que sou? É melhor mentir e fingir ser outra coisa? Enganar a si mesmo quando não se consegue enganar qualquer outra pessoa? Perguntas. Onde estão as malditas respostas? Estou cansado de buscá-las e de escutar de conhecidos que ainda as encontrarei ou que ainda encontrarei o amor. Não sei o que fazer, nem para onde ir, mas não quero condescendência de ninguém mais. Que se foda o mundo. Sou o que sou. Quem não é?

sábado, 29 de agosto de 2009

Salve Pet!

COLUNA_MAGIA_FABRICIO

O Flamengo venceu e venceu bem, mas, mais uma vez, não convenceu. O resultado de 3 a 0 é bom para dar uma moral, mas ainda falta muito para dizer que reencontramos o rumo das vitórias. A estreia do Álvaro foi promissora e a volta do Léo Moura não disse coisa alguma – fez o gol, mas bateu mal demais.

A sorte parece estar voltando, pelo menos para o Denis Marques, que fez outro gol, o segundo em dois jogos, de pura boa estrela. Observem os golos que ele fez contra o Fluminense e contra o Santo André. Golos predestinados ou golos de artilheiro? Eu fico com a primeira opção. Torço por que ele continue assim, mas já vi este filme antes (alguém falou em Obina?).

Uma coisa que me deixa muito feliz é ver o sérvio, o nosso Pet, reencontrando a alegria de jogar com o Manto Sagrado do Mais Querido. Ele andou por aí, jogou em outros clubes, mas não demonstrava a satisfação que irradia com a camisa do Mengão. O lance do terceiro gol, em que ele recebeu primoroso passe do bom menino Rafael Gallardo, foi todo dele, uma pena que tenha batido na trave. Menos mal que a bola tenha sobrado para o Zé Roberto, livre, tocar para a rede. Quem sabe este gol não faz este cara desencantar? Tomara!

Não foi um jogão, não foi uma excelente apresentação, mas foi um excelente resultado. Espanta um pouco o fantasma da zona de rebaixamento e proporciona certa tranquilidade depois de três derrotas seguidas nesta competição e depois da eliminação na Sul-Americana. Tomara que o velho Tromba consiga acertar o time com as entradas do Álvaro e do Maldonado. Creio, porém, que falta um bom atacante e um bom meia.

Hoje, pela manhã, deixei um recado de feliz aniversário no Orkut para um grande amigo, flamenguista apaixonadíssimo, o grande Marcos César. Ele logo respondeu, também pela famosa rede de relacionamentos, assim: “Valeu, cara. Mengão 3 X 0.”. E não é que o resultado foi este mesmo? Amanhã, vou pedir o resultado da loteria! Parabéns pelo aniversário e pelo pensamento positivo, Marcão! Pura magia!

Fico por aqui, Galera do Magia! Torcendo para que, enfim, tenhamos colocado o trem nos trilhos e que possamos, enfim, pensar em coisas melhores a alcançar e espantar de vez a sombra nefasta da zona de rebaixamento. O próximo jogo, na Arena da Baixada, contra o Atlético Paranaense, promete grandes emoções. É um jogo importante porque empurra o Mengão para cima na tabela e deixa o Furacão mais distante de nós e mais próximo da degola.

MAGIA NELES!!!
EQUIPE
Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

BASTARDOS INGLÓRIOS tem estreia antecipada no Brasil e Quentin Tarantino vem ao país para a abertura

Tarantino apresentará pré-estreia no encerramento do Festival do Rio

O filme BASTARDOS INGLÓRIOS (Iglourious Basterds) tem nova data de lançamento no Brasil - 9 de outubro - e contará com a presença do diretor Quentin Tarantino no país para a estreia. Originalmente marcado para estrear em 23 de outubro, o filme teve seu lançamento antecipado diante do grande sucesso no mercado norte-americano e internacional e também por conta da vinda do seu diretor ao Rio de Janeiro. A pré-estreia nacional do filme será durante o Festival do Rio, no dia 7 de outubro.

Quentin Tarantino, que atualmente está trabalhando o lançamento internacional de BASTARDOS INGLÓRIOS, chegará ao Brasil em 5 de outubro e ficará até o dia 8. O diretor estará vindo do Festival de Morelia, no México, onde o filme também contará com uma grande pré-estreia. Durante a estada no Rio de Janeiro, Tarantino participará de entrevistas com a imprensa e apresentará o filme na pré-estreia que encerrará o Festival do Rio.

BASTARDOS INGLÓRIOS teve sua pré-estreia mundial no Festival de Cannes, em maio, e foi lançado nos Estados Unidos e em países da Europa e Ásia na última sexta-feira. Só nos Estados Unidos o filme arrecadou US$ 37,6 milhões no primeiro fim de semana e se tornou a maior abertura do diretor até hoje.

Produzido pela Weinstein Company e distribuído internacionalmente pela Universal Pictures, BASTARDOS INGLÓRIOS tem em seu elenco os atores Brad Pitt, Eli Roth, Christoph Waltz e as atrizes Diane Kruger e Mélanie Laurent.

SINOPSE
Nos primeiros anos da ocupação alemã na França, Shosanna Dreyfus testemunha a execução da sua família pelas mãos do coronel nazista Hans Landa. Shosanna consegue escapar e foge para Paris, onde muda de nome e assume a identidade de uma dona de um pequeno cinema.

Em outro lugar da Europa, o tenente Aldo Raine orgazina um grupo de soldados judeus americanos para colocar em prática uma vingança. Posteriormente conhecido pelos alemães como os "Os Bastardos", o grupo de Raine junta-se à atriz alemã e agente secreta Bridget Von Hammersmark em uma missão para eliminar os líderes do Terceiro Reich. E o destino junta todos no mesmo cinema, onde Shosanna tramou um plano de vingança próprio.

Má influência!

COLUNA_MAGIA_FABRICIO

Ouvi muita gente boa, muito flamenguista apaixonado, dizer que era melhor perdermos o jogo contra o Fluminense para que pudéssemos focar toda a nossa atenção no Brasileirão. Pensando bem, consigo ver a lógica de quem afirma isso. O problema é que quando a bola rola, quando se trata do Mengão, não consigo usar a razão. É a emoção que fala mais alto. Fala não, grita mesmo!

Eu queria a vitória. Ainda mais em um Fla-Flu, meu clássico preferido. Só não imaginava que teríamos que lutar contra a horrorosa arbitragem. O cara errou tudo contra o Flamengo. Marcou um pênalti, que não existiu e que gerou o gol do Fluminense; um impedimento do Emerson, que entraria sozinho na área, e também não houve; uma falta do Éverton, inexistente, em um lance de alta probabilidade de gol (chegamos a colocar na rede, mas o apito já havia tocado); e, no último minuto, deixou de dar um escanteio absurdo, marcando tiro de meta. Influenciou sobremaneira no resultado do jogo.

Não perdemos o jogo, mas perdemos a vaga nas oitavas. Prefiro pensar que os meus amigos racionais tinham razão e que foi melhor assim. Bom, pelo menos eu estou tentando enganar-me. Não sei se estou conseguindo. Pelo menos poderemos concentrar nossas forças na luta para sair da situação em que estamos no campeonato nacional.

Não jogamos bem, mas jogamos melhor do que o último jogo contra o Avaí. Alguns irão dizer-me que o pó-de-arroz está muito ruim em comparação ao time sensação, mas lembro que eles também não jogaram estas coisas para ganharem de 3 a 0. Houve melhora. Pouca, mas houve.

Quero ver se haverá melhora para o próximo jogo contra o Santo André. Se bem que perdermos mais alguns titulares para ele, como o Willians. Vamos ver o que o velho Tromba vai arrumar. Espero que pelo menos a sorte volte a passear de vermelho e preto, como no lance do gol do Denis Marques.

MAGIA NELES!!!
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Magia Rubro Negra
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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ilha do Medo

O filme ILHA DO MEDO (Shutter Island) teve sua data de lançamento alterada e não será mais lançado em outubro.

A nova data de lançamento no Brasil é 5 de março de 2010.

Segue o primeiro trailer legendado.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Up!

Segue o trailer do novo Disney/Pixar, a animação UP. Vejam:

O Lobisomen

Este é o primeiro trailer legendado do filme O Lobisomem, estrelado por Benicio Del Toro. Vejam:

Bastardos Inglórios

Este é o primeiro trailer legendado do novo filme do Tarantino, Bastardos Inglórios. Vejam:

Vale a pena ficar de olho nesse blog!


O Jacques, do blog e-MotionMovies, indicou-me para o selo "Vale a Pena Ficar de Olho Nesse Blog". Fiquei bastatne feliz com a lembrança do amigo. Conseqüentemente, tenho que indicar outros 10 blogs que acompanho e recomendo. É bastante difícil de fazer essa seleção, pois há muitos colegas que, como esse que me indicou, fazem um trabalho de bastante qualidade. Mas, como tenho que ficar restrito a esse número pequeno, indico os seguintes que, entre tantos, merecem e valem a pena ficar de olho:



Regras:

1 - Fazer o link do blog que te indicou
2 - Indicar 10 blogs que valem a pena ser acompanhados.

domingo, 23 de agosto de 2009

Esdrúxula bisonhice!

COLUNA_MAGIA_FABRICIO

A pergunta do momento é esta: “Vocês treinam juntos ou só se encontraram aqui no campo?”. Foi uma repórter ao dublê de atacante Alex Cruz. O questionamento é irônico, mas pertinente. Para ser o mais sincero possível, o Avaí não jogou uma partida do brasileiro, apenas fez um treino, tamanho foi o desnivelamento entre as duas equipes.

O Flamengo entrou em campo com um time desfigurado, desorganizado, desarrumado e sem a menor inspiração. Resultado: totalmente envolvido. Digo mais, não tomou uma goleada histórica de uns 6 ou 7 porque o time da casa não estava com vontade de jogar. Fizeram 3 apenas esperando o tempo passar. Parece mentira ou piada, mas não é.

Assistir ao jogo de hoje foi um teste de resistência à tensão e à paciência. A cada passe errado, a cada saída de bola que acabava em lateral, a cada tentativa de cavar faltas inexistentes, a cada furada de bola esdrúxula, a cada erro da inexistente defesa e a cada outro dos tantos “a cada” o fantasma da zona do rebaixamento foi crescendo.

Minha mulher entrou na sala logo depois de tomarmos o terceiro. Olhou para a tela da televisão e falou: “3 a 0? Avaí? Que time é esse? De onde ele é?”. Eu não tinha certeza de qual estado era, sabia que era do sul, mas não de onde. Respeito tudo o que eles vem fazendo neste campeonato, mas a verdade é uma só: não tem tradição. Foi a primeira vitória deles sobre o Flamengo. Só que parecia que os pequenos éramos nós.

Creio que, neste momento, temos que cair na real: a briga é para não cair. Não temos 3 vitórias seguidas neste campeonato, mas já temos 3 derrotas. A coisa não melhora, acabamos de perder o Willians, suspenso por expulsão, e o Everton Silva, por contusão. A fase que atravessamos é dolorosa: falta técnica, falta entrosamento, falta preparação física, falta comando, falta decisão e, em meio a tantas faltas, falta sorte. É duro!

O Fla-Flu, pela Sul-Americana, promete ser uma verdadeira noite dos horrores. Não que o Fluminense seja um time de por medo, pelo contrário... mas o nosso é. De por medo na própria torcida.

A defesa é uma peneira desde que perdemos o Fábio Luciano. Não dá para sequer pensar que o Ronaldo Angelim é capaz de comandar qualquer setor defensivo, ele é apenas um bom peão.

Zé Roberto comandando o meio-campo? É de dar arrepios! O cara é a nulidade em pessoa. Para mim, pode ir para a ponte que caiu (para não perder a linha e escrever um palavrão).

O ataque? Que ataque? A bola simplesmente não chega e, nos raros lances em que se consegue uma ligação direta, o pesado Denis Marques ou o Alex Cruz Credo conseguiram irritar com suas bisonhices. Adriano? Perdeu um lance de cara para o gol e escorregou em outro. Ainda arrumou uma dispensa para o próximo jogo chutando um adversário. Fica difícil defendê-lo assim.

O próximo jogo é contra o Santo André. Não teremos Leonardo Moura, Juan, Kleberson e Toró. O David está impedido de jogar por causa de uma ação do Palmeiras. Adriano e Willians estão suspensos. Emerson e Everton Silva são dúvidas. Pet também está no departamento médico. O que fazer? Sinceramente? Não sei. Que tal rezar?

Está faltando magia.

MAGIA NELES!!!
EQUIPE
Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Disfarçado!

Fazia tempo que eu não postava um comercial bacana. Então, segue mais um para a séria série!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Avatar

Hoje, foi lançado o teaser-trailer de Avatar, novo filme do diretor James Cameron. A coisa promete! Vejam:

Alice

Viram o trailer do novo filme de Tim Burton? O filme é uma adaptação do clássico Alice no País das Maravilhas. Parece que será mais uma grande produção deste talentoso diretor, um dos meus preferidos, diga-se de passagem. Vejam:

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Na frieza dos números - Por Fabrício Mohaupt e André Costa

Galera do Magia, vocês já ouviram falar nos chamados “pontos possíveis”? Quem me falou sobre isso foi o André Costa, nosso talentoso cartunista. Não só falou sobre o assunto como fez uma bela explanação e uma tabela explicativa.

O Campeonato Brasileiro conta com 20 equipes e é disputado em 2 turnos, o que nos dá 38 embates e 114 pontos em jogo. Como nunca há um campeão com 100% dos pontos e, matematicamente falando, é provável que o campeão tenha 73 ou 74 pontos, há um raciocínio que diferencia os pontos disputados dos possíveis.

Esses tais “pontos possíveis” são aqueles que os técnicos – “professores” – avaliam como os que definem o time campeão. O raciocínio é o seguinte: todos os jogos realizados em casa devem ser ganhos, a não ser os clássicos regionais que tem o empate como resultado normal; pode-se perder todos os jogos fora de casa, mas para os times considerados grandes; os considerados médios tem como resultado normal o empate e os pequenos, vitória.

A tabela que o André fez mostra os jogos que já realizamos e demonstra que a situação não é assim desesperadora. Podemos chegar ao topo da tabela ainda. A análise demonstra que perdemos pontos que não deveríamos perder para times pequenos em casa, mas, por outro lado, que o Andrade está com aproveitamento de 100% dos chamados pontos possíveis, pois ele compensou o empate em casa e a derrota para o Goiás com a vitória fora de casa sobre o Santos. É simples: segundo o raciocínio dos “professores”, tínhamos que ganhar 10 pontos nos jogos que o Andrade disputou como técnico, e isso ele fez.

O problema é que na era Cuca só conquistamos 17 pontos dos 27 “possíveis”, ou seja, um aproveitamento de 63%. Isto prova que o Andrade terá que conquistar mais do que os 100% de pontos possíveis no segundo turno, mas não é nem de longe necessária uma arrancada como aquela que tivemos em 2007 com o Joel Santana. É só termos um melhor aproveitamento em casa e contra os médios e grandes fora. Não podemos é perder pontos bobos para os pequenos. O problema é que, no primeiro turno, acima da média, só tivemos uma vitória contra o Santos e um empate com o São Paulo. Precisamos mais do que isso no returno.

Outra coisa, galera! Vejo muita gente reclamando do Adriano, mas o cara começou a jogar na 9ª rodada, o que significa dizer que jogou 11 partidas, tendo marcado 10 golos. Ora, é uma média de quase um gol por partida. Sem contar que é o artilheiro isolado da competição. O papel dele está sendo cumprido. Além disso, viram o passe que ele deu para o Éverton marcar o gol contra o Grêmio? Não foi lance isolado. Ele tem feito alguns lances bem bacanas, mas os outros perdem os golos. Fazer o quê? Ele só não pode ser convocado para a seleção para que a maldição não pegue nele como pegou nos últimos três.

É isso, galera! Este exercício que o André fez é só para demonstrar que nada está perdido e que o título ainda é possível. Vamos torcer pelo velho Tromba e lhe dar todo o apoio que merece. Na frieza dos números, ele é, até o momento, 100%. O que vocês acham?

MAGIA NELES!!!

EQUIPE Magia Rubro Negra

andre@magiarubronegra.com.br

fabricio@magiarubronegra.com.br


P.S.: O leitor Pedro Ivo fez-nos uma correção pertinente: o Adriano estreou na 4ª rodada e não na 9ª. Isso aumenta o número de partidas disputadas pelo Adriano para 16, em vez de 11, fazendo uma média de 0,63 golos por jogo. Agradecemos a leitura atenta e a correção. Informamos que a tabela foi refeita com a nova informação e que não mexemos no texto original para não deixar o comentário dele sem sentido.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Cadê o gol?

Já disse mais de uma vez que o Fla-Flu é o meu clássico carioca favorito. A mística dele é algo incrível. É, também, muito equilibrado. Hoje, completamos 367 embates desde 1912, com 129 vitórias do Mengão, 118 vitórias do pó-de-arroz e 120 empates, já computado o desta data. Além disso, este é o primeiro disputado numa competição internacional.

É uma pena que o Renato Gaúcho tenha optado por jogar com um time reserva. Creio que ficou como comida de hipertenso: com menos sal. Ainda assim, foi um jogo corrido e movimentado. Entretanto, a superioridade do Flamengo foi gritante, sobretudo no primeiro tempo. No segundo, foi mais parelho. Mesmo assim, tivemos mais posse de bola, criamos mais oportunidades e chutamos muito mais a gol, com direito a duas bolas na trave e grandes defesas do goleiro tricolor.

O Pet jogou muito, pena que cansou e deu lugar à nulidade do Zé Roberto. O Sheik estava endiabrado, correndo muito e fazendo grandes jogadas, infelizmente, o Dênis Marques não está entrosado e com ritmo, apesar de ter demonstrado uma evolução em relação ao jogo anterior. O David deu uma segurança à zaga que dá esperanças de não dependermos mais do Ronaldo Angelim e ainda fez o Fabrício jogar melhor e mostrar que tem futuro. O resto, na média. Não senti falta do Kléberson e, muito menos, do Léo Moura.

O que faltou? O gol! O resultado acabou sendo bom para o Fluminense, que ficou com a vantagem de qualquer empate com golos ou de uma vitória simples. Creio que o Renato Gaúcho conseguiu o que queria e saiu como o grande vitorioso em um jogo que tinha tudo para ser nosso. Tem dias que a bola simplesmente não quer entrar. O chute que o Pet deu de prima, cheio de efeito foi lindo e a defesa também.

Não adianta chorarmos sobre leite derramado. Agora, é partir para o segundo jogo e tentarmos aumentar as estatísticas lá de cima a nosso favor, até porque é a maneira de seguirmos nesta Copa. Vamos que vamos!

MAGIA NELES!!!
EQUIPE
Magia Rubro Negra


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tesouros do Magia - Por Fabrício Mohaupt e André Costa


O Tesouros do Magia desta semana vai visitar o ano de 1978, aquele que representa a arrancada para todo um período de glórias rubro-negras, a chamada Era de Ouro do Mengão. Aliás, não é o ano que representa esta arrancada, mas um gol especialíssimo. Um gol de zagueiro. Não. Um gol DO zagueiro! Foi a partir deste gol que crescemos e chegamos ao topo do mundo.

Estamos falando do gol do Deus da Raça, o eterno Rondinelli, nascido Antonio José Rondinelli Tobias, no dia 26 de Junho de 1955, em São José do Rio Pardo (SP). Jogou 406 partidas pelo Fla e marcou 12 golos. Ganhou os seguintes títulos: os Campeonatos Cariocas de 1974, de 1978, de 1979 e o especial de 1979; as Taças Guanabara de 1978, de 1979 e de 1980; os Troféus Ramón de Carranza de 1979 e de 1980 e o Campeonato Brasileiro de 1980.

Este gol aconteceu no Campeonato Carioca de 1978. O Flamengo ganhara o primeiro turno e disputava o segundo com o seu maior rival, o Vasco, que tinha a vantagem do empate para levar a decisão para um jogo extra. Foi um campeonato tão disputado que teve três artilheiros, cada um com dezenove golos: Zico e Cláudio Adão pelo Flamengo e Roberto Dinamite pelo Vasco.

Aos quarenta e um minutos do segundo tempo, o placar ainda insistia no zero a zero. Neste momento, o Flamengo arruma um escanteio. Zico arruma a bola para cobrar. A torcida com o coração na mão. Zico bate e a bola viaja em câmera lenta comparada à velocidade com que o Rondinelli partiu para voar por cima de toda a zaga adversária e cabecear um petardo em direção ao gol defendido pelo Leão – que estava endiabrado, defendendo tudo, até tiro do zagueiro Gaúcho contra a própria meta – e GOLLLL!!! Um gol histórico, um dos mais importantes da história da nossa Nação Rubro Negra.

O André, em suas pesquisas para fazer o cartum desta coluna, achou um detalhe muito interessante: quando Zico corre para bater o escanteio, a placa publicitária atrás dele é da OLYMPICUS, nossa atual fornecedora. Ele explica que quis colocar apenas os jogadores em evidência no lance: Zico batendo o escanteio; Roberto Dinamite, que era marcado por Rondinelli, não volta acompanhando a subida dele; Abel salta e não acha coisa alguma; e o Leão só olha a bola entrar. Ele conseguiu colocar isto tudo no desenho. Quer ver maior, clique aqui.

A importância deste gol é incomensurável. A partir dele, entramos numa sequência de cinquenta e dois jogos invictos e acumulamos vitórias, recordes e títulos em profusão, até chegarmos a Tóquio e conquistarmos, em 13 de dezembro de 1981, contra o Liverpool, o Mundial Interclubes, nossa maior glória. Para se ter uma ideia do que foi este gol, vale comentar que no final da década de 70, por todos os cantos do país, muitas crianças foram batizadas com o nome de Rondinelli. O próprio Rondinelli possui cópias de cinquenta e duas certidões de nascimentos dos seus xarás.

Por isso tudo que o Rondinelli e o seu gol são Tesouros do Magia.
MAGIA NELES!!!
EQUIPE Magia Rubro Negra

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Artilheiro!

Adriano deixou de marcar em vários lances, inclusive naqueles considerados feitos, mas acabou marcando um golaço que deu mais uma vitória ao Mengão. Inegavelmente, está fazendo aquilo para o que foi contratado: gol! É, já, o artilheiro isolado do Campeonato Brasileiro. Poderia ter aberto uma boa distância ontem em relação aos outros, mas vem mantendo uma boa média.
É claro que foi um resultado que deu alegrias: Dia dos Pais; três pontos; gol do Adriano; quatro posições na tabela. Porém, mais uma vez, não jogamos bem. O primeiro tempo foi de dar sono de tão ruim. Sobretudo por causa de dois jogadores recorrentes neste quesito: Léo Moura e Kléberson. Falar isso está parecendo disco arranhado.

O Pet, mais uma vez, foi o mais lúcido. Armando boas jogadas. Mas não está mais na idade de fazer tudo sozinho, embora até tente. O David teve uma estreia de razoável para boa. Creio que falta encaixar, mas tem futuro. O Willians com a garra de sempre.

Emerson provou que faz falta ao time e que deixará muitas saudades se realmente for embora. O cara é guerreiro e luta o tempo inteiro. Não desiste nunca e procura sempre achar um espaço. Foi merecidamente ovacionado pela torcida e se emocionou com o coro de “Fica, Emerson!”. Sei que ele balançou no momento. Será o suficiente para compensar os milhões que ofereceram?

O time do lipoaspirado pegador de traveco não é nem sombra daquele envolvente do início da temporada. Ofereceu pouco perigo e, mesmo assim, só nos nossos erros. Poderíamos ter aplicado pelo menos três golos. Mesmo assim, foi um bom resultado. Pena que o cara da mulher-banana não apareceu no estádio para encarar a torcida. Será que foi respeito ou foi medo mesmo?

MAGIA NELES!!!
EQUIPE Magia Rubro Negra

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Gosto ruim!

O Flamengo não fez um bom primeiro tempo. Tomou um gol logo no início em um lance de bola parada em que a defesa estava mal postada. Ainda assim, acabou levando um segundo gol em um lance faltoso que ninguém sabe dizer o porquê de o juiz não ter marcado, afinal, estava de frente para o lance sem ninguém para atrapalhar a visão. Além disso, o nosso estreante entrou totalmente fora de ritmo e o Kléberson jogando aquém do que pode e sabe.

Vale ressaltar que, ainda no primeiro tempo, o goleiro do Goiás fez duas defesas importantíssimas, a primeira em chute violento do Adriano e outra à queima-roupa numa bola colocada pelo Denis Marques. A verdade é que o Flamengo teve, mais uma vez, posse de bola, mas pouca objetividade. Não há ligação do meio-campo com o ataque e sem um companheiro que se movimente bem, o Adriano não joga. Isso só mudou um pouco no segundo tempo.

Veio o intervalo e a coragem do velho Tromba. Tirou o Kléberson, que estava apagado no jogo, e lançou o Pet, assim como tirou o Denis Marques e lançou o menino Bruno Paulo. O Flamengo voltou outro para o campo e logo no início houve duas penalidades máximas, porém o juiz só marcou a segunda. Adriano chutou e marcou. Mas o melhor ainda estava por vir. Em uma jogada de craque, do único cérebro pensante da equipe, Pet fez um golaço pleno de categoria que me fez acreditar na virada.

Entretanto, quando tudo indicava que o jogo terminaria empatado, a defesa, que não é apenas desatenta – é ruim mesmo – falhou na marcação e deixou o time da casa marcar um gol a três minutos do fim, decretando a primeira derrota do Andrade desde que assumiu o cargo. Derrota esta imerecida, porém concreta. Ficou um sabor amargo no finalzinho do jogo. Há quem vá dizer que o Andrade errou ao lançar o Lenon, mas quem colocaria o Zé Roberto em campo?

Queria entender algumas coisas: o que houve para o Ayrton estar tão nervoso durante todo o jogo? Por que o juiz não marcou a falta no lance do segundo gol do Góias e nem o primeiro pênalti que eles fizeram? Houve ainda um impedimento marcado erroneamente em que o Bruno Paulo entraria de cara para o gol. Este, porém, diferente dos anteriores, era um lance muito difícil porque entre nosso jogador e o bandeirinha havia dois outros jogadores nossos realmente impedidos, além de ter sido uma jogada muito rápida e milimétrica.

Fica a impressão que se tivéssemos jogado o primeiro tempo do mesmo jeito que jogamos o segundo, teríamos saído com a vitória. Mesmo com todos os “erros” da arbitragem. O Léo Moura continuou errando mais que acertando, mas, pelo menos, não se omitiu no embate de hoje. Os “inimigos” do Hélio dos Anjos, representantes goianos da nossa Nação, deram um show à parte, provando que o Mengão é nacional, não regional.

A derrota nem seria tão ruim assim não fosse o momento conturbado que estamos atravessando. Foi fora de casa, com diferença de um gol e cheia de “erros” da arbitragem. A questão é que queremos que o time emplaque e comece a lutar pelo lugar mais alto do pódio e só vemos a distância aumentar a cada rodada. É frustrante.

Agora, é pegar aquele time paulista do lipoaspirado Ronaldo e usar para a reabilitação. Creio que será dia de urubu comendo gavião (Opa! Será que isso dá ideia ao André para fazer um cartum?).

Amigos do Magia, teçam suas opiniões, contrárias ou favoráveis, pois serão muito bem-vindas. Vocês creem que houve uma melhora do jogo anterior para este? Acreditam que urubu comerá gavião no próximo domingo? A casa é nossa!

MAGIA NELES!!!
EQUIPE Magia Rubro Negra
fabricio@magiarubronegra.com.br

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Infame!

Não concordo com as vaias da torcida durante o jogo, mas, menos ainda, com atitudes como a do Léo Moura no jogo de ontem. Xingar a torcida? Ele deveria escutar as críticas ao seu trabalho e procurar melhorar, em vez de disparar impropérios desmedida e descabidamente. Ele errou tudo o que fez na partida inteira, a única coisa que acertou foi colocar uma bola para dentro que até minha falecida avó, nessa situação, colocaria. Imperdoável!

Só dá para livrar a cara de alguns jogadores no embate de ontem: Petkovic, Éverton e Willians (este, mais pela vontade). O resto, não jogou patavinas. Uma das piores partidas do ano. Será que já estão querendo derrubar o Tromba? Por falar nele, foi opção dele escalar o Zé Roberto ao lado do Adriano ou foi alguma imposição da diretoria? Meu Deus! Foi duro de assistir aos dois em campo, Léo e Zé. Erros em profusão. Que falta faz o Sheik!

Outra coisa que não me deixa quieto: o que é a preparação física dos nossos jogadores? Estavam mortinhos! Basta comparar o Obina do Palmeiras com o Obina dos tempos de Flamengo: o cara está fininho lá. Aqui, vivia gordo. Não é de hoje que reclamo da preparação física.

Amigos do Magia, jogamos com o lanterna da competição, aquele que não vence há 13 rodadas, o poderoso Náutico. Em pleno Maracanã! A torcida compareceu e, mais uma vez, saiu decepcionada com o que viu. Sem contar que, desta vez, ainda foi ofendida por um jogador que não corresponde há muito e muito tempo. É dose!

Espero que as declarações do Hélio dos Anjos, treinador do Goiás, mexam com o brio dos jogadores e que eles joguem com vontade. É hora de provarem que são homens e que jogam com o coração na ponta da chuteira. Não podem deixar passar em branco a discriminação aos torcedores da Nação. Temos que mostrar, na bola, que o Mengão não é à toa que é o mais amado do Brasil.

MAGIA NELES!!!
EQUIPE Magia Rubro Negra