O psicoterapeuta disse que sou hiperativo. A criação deste blog surgiu pouco depois de ser assim diagnosticado. Segundo o site especialista Hiperatividade (que já existia antes do meu blog, mas eu não sabia!), os portadores deste distúrbio são freqüentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". Mas garante que "criativo, trabalhador, energético, caloroso, inventivo, leal, sensível, confiante, divertido, observador, prático" são adjetivos que descrevem muito melhor essas pessoas. Eu, particularmente, creio que sou uma mistura disso tudo aí. Cheio de muitas idéias, muitos sonhos e muitos projetos. Muita vontade e muito trabalho. Muitas vertentes e muitas atividades. Sou editor-adjunto do Crônicas Cariocas. Não deixem de visitar minhas colunas: Cinematógrafo; Crônicas; Poesias; e HQs. Ah! Visitem o Magia Rubro Negra , site de apaixonados pelo Mengão, para o qual tive o prazer de ser convidado a fazer parte da especial equipe!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Canalha e Safada

Recebi este texto de uma querida amiga por e-mail. Não sei se a autoria é confirmada, mas resolvi postar como recebi. Espero que gostem!


“ É um defeito, mas nada mais delicioso do que ouvir de uma mulher: “CANALHA!” . Ser chamado de “canalha” por uma voz feminina é o domingo da língua portuguesa. O som reboa redondo. Os lábios da palavra são carnudos. Vontade de morder com os ouvidos. Aproximar-se da porta e apanhar a respiração do quarto pela fechadura.

Canalha, definitivo como um estampido, como um tapa. Não ser chamado de canalha pela maldade, mas por mérito da malícia, como virtude da insinuação, pelo atrevimento sugestivo. Não o canalha canalha, mas o ca-na-lha, sem repetição. Único. Irrepetível. Não o canalha que deixa a mulher, o canalha que permanece junto. O canalha adorável que ultrapassou o sinal vermelho para levá-la. O canalha que é rude, nunca por falta de educação, para acentuar a violência do amor. Canalha por opção, não devido a uma infelicidade e limitação intelectual. Canalha em nome da inteligência do corpo.

O canalha. Como um elogio. Um elogio para dizer que é impossível domesticar esse homem, é impossível conter, é impossível fugir dele. Canalha como pós-graduação do “sem-vergonha”.

…….. Estou falando do canalha que suscita aproximação, abraço, desejo. Um canalha que é um pedido de casamento entre as vogais.
……Canalha funciona como uma agressão íntima. Uma agressão afetuosa. Uma provocação. Não se está concluindo, é uma pergunta. Canalha é uma interrogação gostosa. “

Põe tarja rosa no lugar da preta. Canalha tem um equivalente.

Desembarcamos no ponto alto: se o canalha fosse mulher, seria SA-FA-DA. É o café cortado que faz par ao expresso. A pronúncia é igual. Aberta, com as vogais batendo três vezes nos dentes. Safada é o vodu da dicção. Alfineta a boca. Estala, como aldrava numa porta.

Quando o homem fala SAFADA, tem dificuldade para terminar. É derrotado pelo prazer. Prolonga ao máximo, como um guizo de uma cascavel. Depois de verbalizar, sente imediatamente uma saudade sonora.
Safada é expressão para morder, por mais que se queira lambê-la. Pode ser disparada no cantinho de trabalho ou numa roda de samba. É um elogio da malícia feminina, reconhecimento ao incontrolável temperamento. Com “sua” na frente é AVC. Não há como negociar prazos.



Repare: Sua Safada. O pulmão pede passagem. Mais consagração do que ofensa. Picardia na medida certa. Melodia que insinua e não limita o delírio.


Um sujeito somente diz quando reconhece que está sendo derrubado e nunca gostou tanto de ser masoquista. “Safada” é gritado como canalha. Ainda que num sussurro, ultrapassa o limite de 60 decibéis e deflagra a poluição sonora.

É um “não esperava” esperando. O cara restará idiota, com o rosto perplexo de quem pensa “nos conhecemos de algum lugar?” e não estraga o momento com essa pergunta. Traz uma autoridade milenar, um conhecimento secreto que não merecer ser revelado, muito menos questionado.


Safada é libertinagem ingênua, devassidão castiça. Safada é o que o homem encontrou para não entregar que está apaixonado.


(Fabricio Carpinejar)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

"Relações"

Relações - Peça quase romântica
de Leandro Muniz



“Relações...”, a princípio, pode parecer uma peça romântica. E é quase isso. A comédia de Leandro Muniz, é formada por 16 cenas independentes sobre relacionamento. Com uma estética de humor "non sense", o espetáculo transforma cenas altamente românticas em situações cômicas e de bom humor. Não há quem não se identifique com os casais representados e seus divertidos diálogos e situações. No elenco, estão Anderson Cunha, Fernanda Baronne, Elisa Pinheiro, (que se alternam no papel), Cecília Hoeltz e Marcio Machado.

O espetáculo tem uma carreira já muito premiada. Em 2008, uma de suas esquetes, “Musical Disney”, ganhou o prêmio principal no Festival de Esquetes, bem como o do júri popular e melhor direção. Além também de ter recebido dois prêmios no Festival Tápias 2009. Foi com o sucesso no festival que a peça recebeu o convite para participação XVI Festival de Teatro do Rio da Universidade Veiga de Almeida, onde foi vencedor dos prêmios de melhor texto, ator, atriz e ator coadjuvante.


Em 2009, como autor e diretor, Leandro Muniz, acaba de ganhar pelo segundo ano consecutivo, o Festival de esquetes, dentro do II Festival Internacional de Humor do RJ 2009, com a cena “Texto é que nem filho, primeiro a gente faz, depois a gente dá o nome” (Melhor Esquete, melhor ator, e melhor atriz).

Leandro Muniz se associou a Fermento Produções Artísticas, de Thaís Lopes e Carlotta Romanelli, a primeira, atriz e produtora do espetáculo de sucesso “Surto”, há seis anos em cartaz e com mais de 500 mil espectadores, para esta temporada, que começa no dia 22 de janeiro e vai até abril, sextas e sábados, às 23 horas, no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema.
Um espetáculo que promete fazer rir de tudo o que você já passou. Depois de assistir à “Relações – Peça quase romântica” seus relacionamentos nunca mais serão os mesmos. Ou quase. 



Relações - Peça quase romântica
Ficha Técnica
Autor e diretor - Leandro Muniz
Elenco - Márcio Machado
             Cecília Hoetz
             Elisa Pinheiro
             Fernanda Baronne
             Anderson Cunha
Trilha Sonora – Fabiano Krieger
Iluminação – Paulo Denizot
Figurino – Patrícia Muniz
Designer Gráfico – Leonardo Miranda
Produtoras associadas – Thaís Lopes e Carlotta Romanelli
Realização – Fermento Produções Artísticas


Serviço:
Estréia dia 22 de janeiro
Temporada: 22 de janeiro até 17 de abril
Sextas e sábados às 23:00hs
Ingressos: R$ 25,00 (inteira) e R$ 17,50 (meia)

Teatro Cândido Mendes
Rua Joana Angélica, 63
Tel. 2267-7295
Bilheteria a partir das 14 horas
Capacidade de Público: 133 lugares
Acessível para cadeirantes