Hachiko: A Dog’s Story
Meu segundo dia no Festival e fui ao Leblon para assistir a dois filmes na mesma sala. Hachiko: A Dog’s Story foi o primeiro e marcou um bom começo de noite. A sinopse dizia-me que era mais um daqueles filmes sobre cãezinhos bonitinhos, mas surpreendi-me de maneira positiva.
“Hachiko era um cão de rua abandonado até ser adotado por um professor universitário. Os dois criam laços tão fortes que o cachorro o acompanha ao metrô quando ele sai para trabalhar, e volta para buscá-lo na hora de seu retorno. Um dia, o professor morre, e não mais retorna. Mas Hachiko não desiste. Durante nove anos, volta diariamente à estação, na esperança de que seu dono apareça. Sua lealdade e perseverança acabam comovendo a todos que por ali transitam. Baseado na história real do cão Hachiko, em cuja homenagem foi construída uma estátua de bronze na estação Shibuya em Tóquio.”
O que vemos na tela é uma adaptação de uma história real, feita com muito cuidado e com muito sentimento. Ela comove e fascina até mesmo os corações mais duros. É sobre aquela velha relação entre um homem e seu melhor amigo, seu cão. Sobre fidelidade e lealdade. O bacana é que não é piegas.
A história original é totalmente japonesa, já foi filmada por lá e é muito popular. O cãozinho é símbolo de fidelidade na terra do sol nascente. A versão americana é bem construída e valoriza a relação entre os dois. Aliás, o final poético é muito bacana. Belo filme!
Nota 9
Mother
Segundo filme da minha segunda noite de Festival. Quando li a sinopse com o Francisco Carbone, pensamos que o filme era uma espécie de Kill Bill japonês que em vez de uma noiva teria uma mãe empunhando a espada. Ri da brincadeira, mas não fiquei muito animado em assistir. Não sei se foi por esperar pouco, mas acabei gostando. Não é uma obra-prima, mas é legal. A sinopse:
“Hye-ja é viúva e dedica a vida a seu único filho Do-joon que, apesar de ter 28 anos, é totalmente dependente dela. Quando o corpo de uma menina é encontrado em um prédio abandonado próximo à sua residência, o tímido Do-joon passa a ser considerado o principal suspeito. Mesmo sem evidências incriminatórias consistentes, a vontade da polícia em fechar o caso e a incompetência do advogado de defesa fazem a condenação parecer inevitável. Sem escolha e determinada a provar a inocência do filho, Hye-ja decide encontrar o assassino sozinha.”
Parece ou não parece que ela vai pegar sua Katana e partir para cima dos bandidos? Mas não é o que vemos na tela. Ela é apenas uma mãe que, inconformada com a situação em que o filho encontra-se, resolve investigar ela mesma o crime. Vemos, então, até onde uma mãe pode ir e o que ela se propõe a fazer por seu filho.
Tirando aquelas estranhezas comuns ao cinema oriental, como a valorização do ridículo e musiquinhas toscas, é um bom divertimento. Há reviravoltas na trama, ângulos e quadros interessantes. Vale a visita.
Nota 7,5
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