Julie & Julia
Para quem trabalha em várias frentes, como eu, não é possível assistir à quantidade de filmes que se gostaria no Festival do Rio, que, aliás, eu adoro. Só posso ver filmes à noite, o que limita minhas opções e escolhas. Este ano, para mim, o Festival começou com cinco dias de atraso. Hoje, segunda-feira, dia 28/09/2009, é o meu início.
Comecei com Julie & Julia e, para ser sincero, adorei o filme. Ele conta a história de duas mulheres que desejaram se reinventar e encontraram na culinária o caminho para novas descobertas.
Uma delas, Julia Child, em 1948, muda-se para Paris com o marido, recém-nomeado adido cultural dos EUA. Decidida a não ser apenas uma dona-de-casa, começa a procurar cursos que a interessem até ingressar em uma turma de uma famosa escola de gastronomia que só tinha homens. Acaba formando-se e lançando um livro de culinária francesa para americanas que se tornou muito popular.
A outra, Julie Powell, nos dias atuais, está chegando aos 30 anos e se sente nem um pouco realizada. Em uma conversa com o marido, decide testar todas as receitas do livro de Child e publicar os resultados em um blog criado especificamente para este fim.
Meryl Streep dá um show como a alta e simpática Julia Child. Além disso, é ótimo ver Stanley Tucci tão à vontade em um papel mais especial. A película diverte com seus ótimos cortes que costuram as duas épocas e as duas histórias. Pena que o final parece meio frouxo ou meio rápido demais. O filme é delicioso e dá uma fome danada.
Nota 8
35 doses de rum
Segundo filme da primeira noite. Só posso dizer uma coisa: comecei a noite bem, mas terminei mal. A película conta a história do viúvo Lionel e de sua filha Josephine. Quer dizer, não a história, mas a rotina de vida deles. Cheio de metáforas sobre o movimento e o não-movimento da vida. Lembrou-me a peça de Anton Tchékhov, As Três Irmãs, em que você fica esperando que algo aconteça e nada, absolutamente nada acontece.
A história gira em torno de Lionel, sua filha, seu emprego no Metrô, seus amigos e seus vizinhos. Personagens entram e saem do filme como se estivessem entrando e saindo do coletivo guiado pelo pai de Josephine. Não só os personagens, mas as situações pelas quais passam. São apostos. Puros e simples apostos. Se não estivessem lá, ninguém daria por falta deles.
Para se ter uma ideia, são 100 minutos de filme nos quais passamos pelo menos 10 vendo trilhos de trem. Posso ter exagerado em 1 ou 2 minutos. Salvam-se “algumas poucas” cenas e “alguns poucos” momentos. De resto, o filme é chato que dói. Cheguei à conclusão que não posso beber rum ou fico com sono.
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