Ainda pensando no Dia Internacional da Mulher, um texto muito pertinente de uma grande e querida amiga, a atriz Karlla Bastos.
Quando pequena, mas já tendo percebido que havia uma distinção de medida de liberdade entre homem e mulher, desejava ser homem. E olha que não nasci quando convencer os pais para estudar e trabalhar era preciso, como foi com minha mãe. Tinha mais interesse nas ditas coisas masculinas que nas ditas femininas. Liberdade era tudo que queria! Engraçado, ainda quero! Engraçado por quê? Porque, por mais que cresçamos e acreditemos que a temos, ainda nos falta, porque somos mulheres ainda em um mundo com bases egoisticamente machistas. Por mais que eu entendesse a relação que havia e há entre ela, a liberdade, e ela, a responsabilidade, tão retoricamente explicada por meu pai em inúmeros debates familiares, não entendia a relação que havia entre a liberdade e o ser ou não, mulher. As elucidações vieram com o tempo e vi que existem realmente diferenças biológicas que dão um certo norte, mas não explicam tudo; principalmente a falta de fraternidade entre dois pólos que deveriam estar unidos: homem e mulher. Seja lá como for, os homens, há séculos, se dividem em lados; por credos, raças, castas sociais, sexo; e isso os afasta de uma vida mais fraterna, solidária, tirando-lhes a oportunidade de conhecer o melhor que há no outro. Que esse futuro ingresso em um mundo de regeneração nos traga a clareza da premência de respeitarmos essa sagrada diferença entre sexos. Digo sagrada porque dela vem a possibilidade de crescermos através de papéis sociais tão diversos ao longo de nossa existência humana!
Feliz Dia da Mulher!
Karlla Bastos
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