Qual é seu trabalho,
papai?
Meu
terceiro dia de Festival começou mal.
Não
curto o cinema francês. Para ser sincero, não curto nem a língua. Mas sempre
tento me surpreender e sempre assisto a um filme da França para tentar
modificar minha opinião. Ainda não foi dessa vez.
Qual é seu trabalho,
papai? conta a
história do cienasta Hervé, que no meio da produção de seu novo filme pornô,
percebe que seu filho pequeno está começando a andar. Nesse momento, sua
companheira diz que ele precisa tomar uma decisão: ou continuar sua vida na
pornografia ou se tornar uma figura paterna respeitável.
Uma
ceninha engraçada aqui, outra ceninha engraçada ali e mais nada. O cara entra
em crise por ser pai de duas crianças depois dos 40 anos. Causa estranhamento
que essa crise só venha com o segundo filho. Enfim.
Nota
2
Mais sombrio que a
meia-noite
O
segundo filme foi mais interessante, ainda que não me tenha conquistado.
Recebemos a visita do diretor italiano, Sebastiano Riso, que nos contou que só
para escolher o protagonista foram milhares de testes e dois anos de trabalho.
Valeu a pena, ele encontrou a figura frágil e de feições femininas que a
personagem exigia na figura do ator Davide Capone.
O
filme conta a trajetória de Davide, um garoto de 14 anos com feições bem femininas.
Atormentado e reprimido pelo pai, ele decide fugir de casa e acaba por se
juntar a um grupo de meninos que se reúne em busca de clientes e diversão em
Villa Bellini, um parque da região da Catânia.
No
início, ele se vê livre e aceito. Aos poucos, porém, as dificuldades e a
crueldade da vida vão mostrando de forma dura o que é a realidade, destruindo
sua inocência no processo.
O
filme, sem dúvida, faz pensar passeando por temas como homossexualismo,
exploração de menores, prostituição, pedofilia, conceito de família,
intolerância, etc..
Vale
o ingresso.
Nota
7
Annabelle
O
terceiro filme foi o que mais gostei. Sempre fui fã do gênero terror e fazia
tempo que não via algo que me agradasse. Não que seja uma obra-prima, pelo
contrário, é recheado de clichês, mas cumpre bem o seu papel: assusta!
O
filme conta a história de Annabelle, personagem que fez sucesso no filme Invocação do Mal, sendo um prelúdio. O filme
é baseado em fatos reais: uma mãe, nos anos 70, deu de presente para sua filha
uma boneca que se mexia sozinha e era possuída por um espírito. A boneca existe
e está trancada em um museu em Connecticut, sendo visitada somente por um padre
que vai abençoá-la duas vezes por mês.
A
produção faz excelente uso da trilha sonora, da fotografia e do jogo de câmera,
elementos importantes do gênero, para criar os momentos de tensão e os sustos,
que muitas vezes ocorrem quando menos esperamos, o que é muito legal. Há os
sustos fáceis, claro, mas mesmo eles divertem.
O
grande barato de Annabelle é que nos
remete aos filmes de terror clássicos, sem descambar para o terrir, coisa que
eu detesto. Baseia-se menos em sangue e muito mais em tensão e medo.
Enfim,
gostei muito!
Nota
8
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