Tenho escutado muita gente reclamando do nosso Mengão. Ora, tenho que admitir, também solto alguns impropérios por conta das promessas de contratações e suas frustrantes resoluções. Além disso, ver o suposto profissionalismo dos nossos jogadores virarem birra porque um diretor trocou um funcionário por outro é algo de doer. Parece a Casa da Mãe Joana.
A alegria de ver o Galinho comandando o futebol fica eclipsada pela ignorância de quais armas ele dispõe para armar o mais querido. O que pode nosso maior ídolo fazer se não lhe derem condições de trabalho? Entretanto, tudo isso é pouco diante da confiança que depositamos nele. Zico é um profissional apaixonado, não entra em furadas e sabe conduzir seus negócios com a mesma maestria que conduzia a gorduchinha.
Hoje, entrei no carro para me dirigir ao escritório para a labuta diária. Como não podia deixar de ser, coloquei música. Um CD de escolhidas da nossa MPB. Dentre elas, surgiu a voz de Luciana Mello cantando Boa Noite, letra do rubro-negro Djavan. Vieram, então, os versos:
‘Inda bem que eu sou Flamengo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro
Que o sofrimento leva além
Não existe amor sem medo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro
Que o sofrimento leva além
Não existe amor sem medo
O sentimento ruim, a desesperança e a descrença desapareceram. Eu sou Flamengo, porra! Não sou um técnico, um jogador ou um Zé Ruela qualquer. Eu sou Mengão! Sou uma NAÇÃO! Sou sangue, raça, glória, tradição, amor, títulos, força e paixão! Que os nomes das estrelinhas passem, poucos são aqueles que conseguem escrever seu nome nessa incomensurável história. O resto é apenas resto, arroz de festa. Nada além.
Os torcedores dos menores (não disse outros porque não somos torcedores, somos cidadãos) vivem dizendo que somos marrentos, chatos e que estamos por cima mesmo nos maus momentos. Somos mesmo! Podemos! Somos gigantes! Não temos culpa se nossa sombra cobre a pequenez deles. Não vou deixar um torcedorzinho qualquer tirar o meu orgulho. Sou Flamengo e não há coisa alguma mais mágica que o vermelho e o preto.
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