Fazia tempo que um filme não mexia comigo como This is England conseguiu. Saí da sessão pensativo, cheio de vontade de voltar e assistir de novo. Não bastasse uma ambientação histórica muito bem feita e uma seleção de canções de fazer cair o queixo, a história do jovem Shaun comove e nos faz pensar na importância da figura paterna na nossa vida. O que sua ausência pode promover, aonde uma busca por substituição pode levar-nos. Não consegui parar de pensar em meu pai e em meus filhos até agora.
A história, baseada em eventos da infância do diretor e roteirista Shane Meadows, é de uma sensibilidade arrebatadora. O jovem ator Thomas Turgoose transmite uma emoção muito difícil de lidar e merece muitos louros pelo seu trabalho. É uma história simples, bela e cheia de filosofias, dualidades e conflitos éticos e morais. Em momento algum é didático ou patriota demais. This is England é acima de tudo auto-crítica, mostrando o que há de bom e o que há de ruim naquela Ilha.
Filmaço! Um dos melhores que vi no Festival e foi, creio, oportunidade única, pois não deve entrar no circuito nacional. É daqueles para se guardar em destaque nas prateleiras da memória.
A sinopse: “Shaun tem 12 anos e vive com a mãe em uma pequena cidade costeira na Inglaterra, em 1983. Solitário, sofre com a ausência do pai, morto na Guerra das Malvinas. No começo das férias escolares, conhece uma gangue de skinheads, na qual encontra a amizade e os modelos de comportamento que procurava. Numa festa, é apresentado a Combo, skinhead mais velho que acabou de sair da prisão e o adota como protegido. A postura racista do homem impressiona os jovens, mas todos o admiram, e logo a gangue começa a aterrorizar as minorias étnicas da vizinhança.”
Um comentário:
Obrigado por visitar o Cinefilando, Tito.
Uma amiga que assistiu este filme, adorou. Dsse que é tudo muito correto.
Abs.
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